Saúde

Médico ortomolecular alerta para riscos da obesidade infantil a curto e longo prazo

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Em entrevista ao programa BNews Agora, Caiaque Petronilo citou sedentarismo e alimentação inadequada como principais causas do problema  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 03/06/2022, às 20h39   Daniel Brito


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Hoje, dia 3 de junho, é celebrado o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. A data chama atenção para as causas, riscos e consequências da doença nas crianças e, dessa vez, com o agravante de que o índice cresceu oito vezes em quatro décadas. Hoje, a doença hoje é considerada um dos maiores problemas de saúde pública pediátrica.

O número de crianças obesas no mundo deve chegar a 75 milhões até 2025, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, por exemplo, uma em cada três crianças, entre cinco e nove anos, está acima do peso, segundo o IBGE.

Em entrevista ao programa BNews Agora, na rádio Piatã FM nesta sexta-feira (3), o médico ortomolecular Caiaque Petronilo citou o sedentarismo e a alimentação inadequada como as principais causas do problema. "As crianças fazem cada vez menos atividades físicas e são menos ativas. Hoje em dia, praticam menos esportes, atividades recreativas e cada vez mais ficam em frente a telas de celulares e de televisão. Além disso, tem a questão da alimentação pois as crianças ingerem cada vez mais açúcares, gorduras trans e saturadas, biscoitos, bebidas adoçadas, achocolatados, refrigerantes, macarrão instantâneo. É uma alimentação mais pobre em nutrientes e rica em calorias", pontuou.

O especialista também citou a pandemia de Covid-19 como um dos motivos que podem agravar a situação em nível global. "As famílias ficaram isoladas e as crianças não fugiram disso. Ficaram sem poder ir à escola encontrar seus amiguinhos. E aí ficaram dentro de casa, sem poder praticar esportes e descer para um playground. Temos observado no dia a dia um aumento de rebaixamento do humor em várias crianças. Toda essa questão que a gente já tinha piorou muito", acrescentou.

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"Normalmente as pessoas com estilo de vida inadequado demoram três a quatro décadas para infartarem. Se temos crianças que já estão acima do peso e têm uma doença crônica, que é a obesidade, infelizmente daqui a 30 ou 40 anos muitas delas estarão passando por situações como essa. Temos observado nos consultórios crianças com oito ou nove anos de idade desenvolvendo hipertensão e diabetes, quadros que não encontrávamos em pessoas tão jovens", lamentou.

Para prevenir o problema, o especialista ressaltou que os pais das crianças precisam se atentar e assumir a responsabilidade. Uma das medidas seria redzir o tempo que elas passam no celular. Outra é estimular a prática de atividades físicas aos pequenos ao menos três vezes na semana.

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