Saúde

Outubro Rosa: Como o exame de toque auxilia na prevenção e diagnóstico precoce da doença

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Especialistas falam sobre a importância de homens e mulheres realizarem o exame de toque continuamente  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik

Publicado em 30/10/2023, às 05h30   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Especialistas falam sobre a importância de homens e mulheres realizarem, continuamente, o autoexame de toque das mamas em mais uma matéria realizada pelo BNews durante a campanha do Outubro Rosa.

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De acordo com o mastologista Cristiano Luna, o autoexame deve ser estimulado junto às mulheres, desde a juventude, para que elas percebam possíveis mudanças ao toque. “A melhor época para se fazer o autoexame é após o término da menstruação, quando as mamas estarão menos sensíveis”, explica.

Segundo o médico, o autoexame pode se iniciar ao final do banho, aproveitando cremes corporais ou sabões e, após se enxugar,  a mulher deve se observar em frente  ao espelho e procurar analisar se existe saída de secreção espontânea pelo mamilo, mudança de cor de pele, ferimentos, abaulamentos.

“Caso apareçam sinais e sintomas, a paciente deverá procurar o especialista para o adequado exame físico, e exames investigativos de imagem poderão ser solicitados. No homem, não existe a chamada rotina anual de mamografias, mas sim, ele só deve procurar o especialista se sentir dor ou nódulo”, orienta dr. Luna.

"A mulher deve realizar a mamografia anualmente após os 40 anos. O diagnóstico precoce salva vidas. A rotina de pesquisa das lesões mamárias é realizada por mamografia. Quando as mamas são densas, característica das mulheres mais jovens, pode ser necessária a realização da ultrassonografia complementar à mamografia”, arremata.

A ginecologista e mastologista Karina Lima ressalta que o autoexame deve ser visto como uma forma de conhecer seu corpo, ele deve ser realizado por todas as mulheres, independentemente da idade, uma vez por mês, mas não substitui a consulta médica ou os exames de imagem como a mamografia.

A médica descreve em detalhes o passo a passo da verificação dos seios e axilas. “Inicialmente, deve ser realizada a inspeção estática, de pé, parada com as mamas descobertas de frete ao espelho para poder observá-las . Em seguida, pela inspeção dinâmica, ou seja, ainda de frente para o espelho, a mulher deve movimentar os braços para o alto da cabeça e contrair os músculos peitorais e observar se tem alguma retração. O próximo passo é a palpação de toda a mama e região das axilas. O momento do banho pode facilitar o deslizamento das mãos para a palpação da mama, mas isso não é uma obrigação”.

Dr. Ricardo Caponero, oncologista e diretor do comitê científico da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – FEMAMA, salienta que o exame de toque das mamas pode ser muito útil na detecção de um subtipo de câncer, que é a Doença de Paget, onde ocorre descamação do mamilo, mas essa é uma doença rara.

“Para o tipo mais comum do câncer de mama, a palpação da mama tem poder limitado. É como tentar palpar algo sobre uma almofada (ou travesseiro). Se for uma ervilha, você só vai encontrá-la se ele estiver muito próximo da superfície. Mas se for uma laranja, aí é provável que você encontre”, alerta o especialista.

Segundo o médico, o ideal é achar os tumores de mama quando ainda estão com menos de 1cm (estágio T1), onde as chances de cura são acima de 90%, mas nessa fase muito raramente essas lesões são palpáveis. “Então, o autoexame das mamas (exame de toque) é bom, é necessário, mas não é suficiente”; deve ser complementado por outros exames acima descritos.

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