Saúde

Outubro Rosa: Dicas para diminuir estresse e ansiedade com um sono de qualidade

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Alterações psicológicas podem influenciar no tratamento do câncer de mama, mas especialista traz dicas fundamentais no mês do Outubro Rosa  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Sesc
Pedro Moraes

por Pedro Moraes

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Publicado em 09/10/2022, às 06h30


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Qualquer tipo de doença, seja de baixo, médio ou grande porte, pode correr o risco de sofrer a influência de alterações psicológicas, sobretudo no aspecto emocional. Na campanha do Outubro Rosa, o assunto discutido é o câncer de mama. Neste sábado (8), a reportagem do BNews, aborda um aspecto que pode fazer toda a diferença desde o descobrimento à cura dessa doença: a qualidade do sono.

Com a compreensão das fases das portadoras do câncer de mama, entre elas o estímulo da autoestima e da qualidade de vida, além, é claro, da redução da taxa de mortalidade, dormir bem corresponde a um exercício essencial. 

Dentre os benefícios de uma noite de sono eficaz, está a diminuição no estresse e na ansiedade, aspectos conectados não só à essa doença tal qual à praticamente todas as outras.

Com a amplitude da rotina cada vez mais puxada dos brasileiros após a retomada dos serviços, outrora prejudicado pela pandemia da Covid-19, a prática do descanso duradouro tornou-se uma meta muitas vezes difícil de alcançar. Dúvida de muitas pessoas, a quantidade de horas para ter uma noite de sono fundamental depende de cada pessoa, mas existe uma média que provoca resultados positivos.

“Dormir de 7 a 8 horas por dia à noite é bom, porque o sono consolida a memória, ajuda a mutação metabólica, muita produção de hormônio é feita durante a noite, e quem tem boa qualidade de sono tem os índices de hipertensão e diabetes reduzidos, infarto e derrame cerebral, não têm obesidade”, explica o pneumologista Guilhardo Ribeiro em entrevista ao BNews.

outubro rosa

Função: Adiar 

Uma das principais estratégias para driblar a escassez de horas para dormir é adicionar minutos a mais no alarme. Quem adere a essa opção é a advogada Luiza Lara. Aos 28 anos, ela diz que a qualidade do sono é mediana, principalmente, pela rotina intensa de trabalho, a qual, geralmente, não a permite dormir nem 7 horas de sono. 

“Coloco o alarme, pois tenho a sensação de me sentir mais cansada, mas o cochilo não compensa uma noite perdida”, frisa.

O professor de química, Victor Ribeiro, relatou que dorme no máximo 5 horas por dia durante à noite. Por consequência, ele adiciona “15 minutinhos a mais”. “A sensação que eu tenho é que vou ter um tempo de descanso a mais do que a expectativa criada com o despertador”, descreve. 

No caso da estudante Maria Gabriela Vidal, o mau humor quase sempre chega junto com o alarme pela manhã: "Não conseguir cumprir os meus horários já é estressante e logo cedo, quando não me sinto disposta para acordar no primeiro alarme, piora tudo", admite a jovem, de 23 anos.

Cochilo da ‘tarde’ e elementos para sono regular

Tanto com 15 minutos quanto com 1 hora ou 2 horas de almoço, quem nunca sentiu aquela “maresia” de lei após bater o rango de meio-dia? Segundo o especialista em pneumologia e clínica médica, esse sono, chamado pelos especialistas como diurno, é interessante para impulsionar alguns fatores. Porém, não pode ser exagerado.

“Vejo isso (descansar após o almoço) com bons olhos, dormir entre 20 minutos e 1h15min, é muito saudável, mas, tem que ser antes das 15h, porque depois das 15h, pode atrapalhar o sono noturno”, enfatiza Guilhardo.

Dessa maneira, a manutenção do bem-estar diário e da saúde ganha um aliado especial, capaz de auxiliar no combate contra alterações psicológicas.

“Esse repouso melhora o humor, o aprendizado, diminui o estresse, a ansiedade, índices de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares são coisas extremamente importantes para esses pequenos cochilos. Essas questões melhoram aspectos como o humor e a capacidade de trabalho”, acrescenta o diretor do quadro de assuntos de saúde pública da Associação Bahiana de Medicina.

De acordo com a pesquisa “Mapa do Sono dos Brasileiros”, feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), entre homens e mulheres acima de 18 anos, de distintas classes sociais, 65% deles têm baixa qualidade de sono.

Para Guilhardo, algumas dicas podem ajudar na conquista de boas noites de sono. São elas: não deve se alimentar com refeições pesadas antes do café; não abusar do café; não abusar da bebida alcoólica, visto que, apesar de induzir ao sono, no estágio subsequente fragmenta o sono; manter uma excelente hidratação; e praticar atividade física regular.

Atenção redobrada

“Eu não dormi direito essa noite”, “Tô quebrado(a)'', "Essa noite vou tentar dormir mais cedo”, essas frases são comuns de se ouvir no cotidiano. No entanto, essa sensação pode ser não somente uma mera especulação, mas sim uma problemática que precisa de cuidados médicos.

O pneumologista destaca que caso a sonolência seja sentida frequentemente durante os dias é necessário procurar ajuda médica para investigação. Dentre as possíveis razões estão as possibilidades da doença de tireoide, apneia obstrutiva do sono, depressão, entre outras.

Classificação Indicativa: Livre

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