Saúde

Outubro Rosa: histórias de superação de mulheres baianas trazem lições e alertas

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Especialista acompanha histórias de superação de mulheres acometidas pelo câncer  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Pixabay

Publicado em 07/10/2023, às 05h30   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Márcia Noya sempre foi atenta e cuidadosa com a própria saúde. Ao sentir a presença de alguns cistos nos seios, correu para a sua mastologista de confiança. Foi aí que o seu mundo caiu: aos 48 anos, ela estava sendo diagnosticada com câncer de mama. Mas nem tudo estava perdido: houve luz no fim do túnel. Foi graças à detecção precoce que ela teve reais chances de cura e, hoje, 12 anos depois, comemora com alívio.

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“Assim que senti os cistos, fui checar com a dra. Anna Paola Noya Gatto e fizemos logo uma punção e remoção daquele nódulo. Foi aí que recebi o diagnóstico de câncer, o que foi um grande susto na época”, conta Márcia.

Após a primeira cirurgia e uma mastectomia bilateral, ela seguiu enfrentando sessões de quimioterapia e radioterapia. “Durante dez anos, tomei tamoxifeno, uma quimioterapia oral anti-hormonal”, explica.

O caso de Márcia não é algo isolado. Ele está entre os milhões que acontecem em todos os anos. Afinal, o câncer de mama persiste como a forma mais comum de neoplasia (tumor) entre mulheres em todo o mundo, independente das disparidades socioeconômicas.

Estimativas de 2020 indicaram cerca de 2,3 milhões de novos casos globalmente, representando 24,5% dos diagnósticos de câncer em mulheres. Os dados são do Inca (Instituto Nacional de Câncer).

No Brasil, projeções para 2023 apontam 73.610 novos casos de câncer de mama, correspondendo a um risco estimado de 66,54 casos por 100 mil mulheres. Infelizmente, essa variante da doença lidera as estatísticas de óbitos femininos por câncer, com uma taxa de mortalidade ajustada para a população mundial de 11,71 por 100 mil em 2021, totalizando 18.139 vidas perdidas.

Casos emocionantes

Vera Lúcia Nascimento também também fazia seus exames anuais e um pequeno nódulo foi detectado graças ao check-up. “Hoje, com 31 anos de vitória, sua determinação serve como inspiração”, exclama dra.Anna Paola.

O nódulo de Vera era muito pequeno, mas veio com a indicação de cirurgia. Em biópsia, surgiu a confirmação de ser um câncer. Após passar por uma quadrantectomia seguida de sessões de radioterapia e imunoterapia, ela se transformou em um símbolo do impacto positivo que um início de tratamento bem orientado pode ter. Vera estava com 46 anos e com uma filha de 15 na época.

“Até os dias atuais sou acompanhada pela mesma médica, com todos os cuidados pertinentes a uma paciente com sobrevida. Hoje, aos 77 anos, agradeço a Deus pela oportunidade da vida. Nada é mais importante do que a sua saúde. Mantenha em dia seu check-up. Se descoberto no início, tem cura”, exclama a paciente.

A médica responsável pelo tratamento dessas pacientes esclarece que é fundamental buscar por um profissional que saiba oferecer tratamentos humanizados. “Para mim, é uma missão pessoal apoiar as mulheres que enfrentam o câncer de mama. Além do tratamento clínico, estou aqui para oferecer um suporte emocional sólido durante todo o processo. Acredito que compreensão e apoio fazem toda a diferença”, afirma.

Outro caso emocionante é o de Sônia, que fazia o seu check-up e anual e, graças a isto, foi salva. A filha dela, Riviane Guimarães Rosales, conta o caso: “Minha mãe foi fazer os exames anuais na Clínica da Mulher. Foi aí que descobriu um nódulo. como o diagnóstico foi feito muito cedo, ela só precisou remover o nódulo e fazer a radioterapia, com trinta sessões”, explica Riviane, ressaltando que tudo aconteceu há 12 anos. Por precaução, dona Sônia é acompanhada de seis em seis meses.

Cuidados principais envolvem redução do álcool

Referência com centenas de casos de sucesso na cura contra o câncer, dra. Anna Paola Noya Gatto, explica que o diagnóstico precoce é sempre o que gera mais chances de sobrevivência. “Fumo e alcoolismo são algumas das principais causas de câncer de mama: não só em mulheres, mas também em homens”, deixa o alerta.

Gatto também diz que mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. E embora a predisposição genética possa aumentar o risco, a maioria dos casos de câncer de mama não está diretamente ligada à hereditariedade.

“Estilos de vida saudáveis, como uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares e a moderação no consumo de álcool, desempenham um papel fundamental na prevenção do câncer de mama. Portanto, é possível reduzir significativamente o risco por meio de escolhas conscientes no dia a dia”, aconselha.

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