Saúde

Produtos químicos para alisamento de cabelos aumentam o risco de câncer uterino, diz pesquisa

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Mulheres negras apresentaram maior probabilidade de adoecer com os produtos  |   Bnews - Divulgação Reprodução Freepik

Publicado em 19/10/2022, às 13h56   Cadastrado por Catarina Alcantara


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Diversos estudos, ao longo de muitos anos, pesquisam se produtos químicos para alisamento de cabelo estão associados a um risco maior de certos cânceres relacionados a hormônios, incluindo câncer de mama e ovário. O mais novo artigo com pesquisas voltadas para o tema vincula o uso de produtos de alisamento de cabelo a um maior risco de câncer uterino.

O estudo, publicado na segunda-feira (17) no site científico Journal of the National Cancer Institute, estima que, entre as mulheres que não usaram produtos químicos para alisar o cabelo nos últimos 12 meses, 1,6% desenvolveram câncer uterino aos 70 anos, mas cerca de 4% das mulheres que frequentemente usaram esses produtos para alisamento do cabelo desenvolveram câncer uterino aos 70 anos.

Segundo afirmação de Chandra Jackson, autora do estudo e pesquisadora do Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental concedida a CNN, a pesquisa “também comunica que o câncer uterino é realmente raro. No entanto, a duplicação do risco leva a alguma preocupação”. 

Entre outras informações contidas no texto estão de que a associação entre produtos de alisamento e casos de câncer uterino incidiu mais as mulheres negras, que representavam apenas 7,4% das participantes do estudo, mas 59,9% das que relataram usar alisadores de cabelo.

Os dados do estudo também mostraram que a associação entre produtos de alisamento e casos de câncer uterino foi incidiu mais as mulheres negras, que representavam apenas 7,4% das participantes do estudo, mas 59,9% das que relataram usar alisadores de cabelo.

Vários fatores provavelmente desempenham um papel no uso frequente de produtos de alisamento capilar: padrões eurocêntricos de beleza, pressões sociais impostas a mulheres negras e latinas em ambientes de trabalho relacionadas a microagressões e à ameaça de discriminação, juntamente com a versatilidade desejada na mudança de penteados e autoexpressão.

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