Saúde

Saiba quais os tipos de câncer de mama mais recorrentes

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Mastologista reforça a necessidade de acompanhamento anual para evitar o câncer  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Sociedade Brasileira de Mastologia
Bernardo Rego

por Bernardo Rego

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Publicado em 19/10/2023, às 05h00


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O câncer de mama, doença que afeta mulheres no mundo todo, registra também uma incidência importante no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), as taxas mais altas de incidência estão nas regiões Sul e Sudeste.

Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres. Ainda segundo os dados, a maior prevalência de casos acomete as mulheres com idade entre 50 e 69 anos.

No mês de outubro há a campanha de combate à doença onde são ofertados, através do SUS, um maior acesso aos exames diagnósticos da doença. Enxergando esse cenário, o BNews conversou com o mastologista e cirurgião plástico, Daniel Carvalho, que contou um pouco a respeito de quais tipo de câncer acometem mais as mulheres, as formas de tratamento e quais medidas devem ser tomadas para que se tenha um diagnóstico precoce, fazendo com que o êxito do tratamento seja cada vez mais alto.

“O tipo de câncer mais comum é o câncer invasivo, só que existem na verdade diversos tipos de câncer dependendo da célula que origina o câncer. Então, dentro da própria mama você tem as células do ducto mamário e tem o carcinoma ductal, os carcinomas originados das células ductais. Tem até câncer de mama que está na mama e não é da mama. Por exemplo, você tem o câncer formado de células nervosas, se chama de schwannomas. Então, há um neurônio que está dentro da mama que vira um câncer”, esclareceu.

Ele detalhou um pouco mais o que significa o câncer invasivo. “O câncer de mama são várias doenças que foram agrupadas dentro de um único nome. O mais comum hoje é o câncer de mama invasivo, que tem esse nome de invasivo porque ele invade as células adjacentes e vai se espalhando pelo organismo”, salientou.

Ele prosseguiu comentando a respeito das variações do câncer. “Tem o carcinoma ductal do incito, que é aquele carcinoma que ainda não se espalhou, ele está dentro do ducto. Aí você tem o carcinoma inflamatório, que é aquele que dá uma característica parecida de que a mama está inflamada, como se fosse um abscesso. Fica toda vermelha, fica com a pele grossa, parecendo uma pele de laranja. É por isso que a gente vê, às vezes, o pessoal falando, a pele está grossa, parece casca de laranja. Isso aí é uma característica de que você tem que prestar atenção, que é o carcinoma inflamatório”, alertou.  “Há também os que afetam exclusivamente na aréola. Faz uma ferida na aréola, vai comendo a aréola, chama de paget”, acrescentou.

O mastologista também deu orientações de quando é o momento para se procurar um profissional, bem com os recursos que a medicina oferece para o diagnóstico cada vez mais precoce. “Sempre que houver algum sintoma, procurar um médico. Quando perceber algo alterado já pode procurar um mastologista. Apesar de a técnica de apalpar já estar ultrapassada, ainda indicamos porque é melhor descobrir agora com um nódulo um pouco maior do que só saber lá adiante. Mas a medicina já nos fornece instrumentos que mostra os nódulos com menos de 1cm. Na apalpação só percebe se existir algo em torno de 2cm). Por isso é importante fazer os exames anualmente, seja uma mulher jovem ou uma senhora com mais idade”, lembrou.

O profissional pontuou ainda que utilizando os exames de imagem como mamografia, ressonância e ultrassom é possível descobrir nódulos pequenos, e diante disso, a chance fazer quimioterapia é grande.

Para concluir ele explicou que, para as pacientes que já vivenciaram o tratamento do câncer, é importante fazer um acompanhamento no primeiro ano a cada três meses tanto com o oncologista quanto com o mastologista, no segundo ano de seis em seis meses e do quarto ano em diante de forma anual.

Classificação Indicativa: Livre

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