Conheça 7 mitos e verdades sobre a disfunção erétil

A disfunção erétil é um problema que acomete boa parte dos homens no Brasil. Caracterizada pela dificuldade em ter uma ereção peniana, a doença está presente na vida de cerca de 46,2% de pessoas com pênis no Brasil, como aponta o Estudo do Comportamento Sexual (ECOS), realizado pelo blog Omens e a Datafolha.

Apesar de ser um distúrbio comum e tratável, a discussão em torno do tema ainda é um tabu na sociedade e a falta de conhecimento, juntamente com a vergonha, atrapalha a realização de um tratamento efetivo para pacientes que passam por essa situação.

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Recentemente, um homem de 32 anos perdeu a visão de um dos olhos após consumir uma dose alta de sildenafila, principal componente do remédio Viagra. O caso aconteceu no Irã e o paciente foi encaminhado ao hospital, mas teve um coágulo na artéria e veias que transferem o sangue para o olho direito, ficando parcialmente cego.

Em entrevista a reportagem do BNews, o médico urologista Jailton Campos esclareceu alguns mitos e verdades em torno da disfunção erétil. Confira:

• A impotência sexual é um assunto restrito para a terceira idade?

R: Não é verdade. A disfunção erétil é um problema que pode afetar homens de todas as idades, incluindo os mais jovens. Para o público jovem, a importância de compreender a disfunção erétil está relacionada a vários aspectos, como saúde mental, relacionamentos, saúde geral, estilo de vida e educação sexual.

• A cirurgia de vasectomia pode causar impotência?

R: A vasectomia não causa impotência sexual. A vasectomia é um procedimento cirúrgico que envolve o corte ou bloqueio dos ductos deferentes, que transportam o esperma dos testículos para a uretra. Esse procedimento é realizado para fins de contracepção permanente, mas não interfere com a capacidade de um homem ter ereções ou experimentar desejo sexual. Na verdade, eu costumo brincar que pode até melhorar a potência, pois o indivíduo fica mais tranquilo durante o sexo e não fica pensando naquela possível paternidade indesejada.

• Tabagismo e uso de anabolizantes são os principais causadores de disfunção erétil?

R: Sim, tanto o tabagismo quanto o uso de anabolizantes são fatores de risco conhecidos para a disfunção erétil. Os produtos químicos tóxicos presentes no tabaco danificam os vasos sanguíneos e prejudicam a circulação sanguínea. A ereção depende de um fluxo sanguíneo saudável para o pênis, e o tabagismo pode comprometer esse fluxo, tornando mais difícil obter e manter uma ereção.

Já os anabolizantes afetam o equilíbrio hormonal do corpo, podendo levar a níveis anormais de hormônios sexuais. Isso pode resultar em disfunção erétil, diminuição da produção de espermatozoides e outros problemas sexuais. 

• A masturbação e o excesso de pornografia podem causar impotência?

R: Masturbação em si não causa impotência. A masturbação é uma prática sexual normal e saudável que a maioria dos homens e mulheres realiza em algum momento de suas vidas. No entanto, o excesso de masturbação, assim como o excesso de pornografia, pode potencialmente contribuir para problemas de disfunção erétil em algumas pessoas.

• A diabetes pode causar disfunção erétil?

R: A diabetes é uma causa conhecida de disfunção erétil devido aos seus efeitos sobre os vasos sanguíneos, nervos e equilíbrio hormonal. A boa notícia é que, com o tratamento adequado e o gerenciamento do diabetes, muitos homens podem melhorar sua função erétil.

• Praticar exercícios pode ajudar a combater a impotência sexual?

R: Sim, a prática regular de exercícios físicos pode ajudar a combater a impotência sexual (disfunção erétil) ao melhorar a circulação sanguínea, controlar o peso, reduzir o estresse e a ansiedade, aumentar a confiança e manter o equilíbrio hormonal. O exercício é uma abordagem saudável para melhorar a função sexual. É importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar um programa de exercícios, especialmente se houver preocupações médicas subjacentes

• O segredo para tratar a impotência sexual são os medicamentos estimulantes?

R: Medicamentos estimulantes, como Viagra e Cialis, podem ser eficazes no tratamento da impotência sexual (disfunção erétil), mas não são a única solução. O tratamento da DE pode envolver mudanças no estilo de vida, gestão de condições médicas subjacentes, terapia sexual, dispositivos e cirurgia, dependendo da causa e das preferências do paciente. Os medicamentos são uma opção, mas devem ser usados sob orientação médica e não curam a DE, oferecendo uma solução temporária. A escolha do tratamento depende do caso individual.