Saúde

Secretaria de Saúde da Bahia vai construir 15 Centros Especializados de Reabilitação para pacientes autistas

Reprodução/ SESAB
Além disso, o Estado convocará os 417 municípios a implantarem ou expandirem o atendimento a crianças autistas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ SESAB
Lindaura Berlink

por Lindaura Berlink

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Publicado em 04/09/2023, às 23h37 - Atualizado às 23h57


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O Governo da Bahia vai construir 15 novos Centros Especializados de Reabilitação (CER) para pacientes autistas. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (4), durante uma reunião com Associações de Mães de pacientes com autismo, na sede da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB).

Além disso, o Estado convocará os 417 municípios a implantarem ou expandirem o atendimento a crianças com Transtorno Espectro Autista (TEA). Atualmente, a SESAB possui três unidades matriciadoras, ou seja, oferta qualificação com características de educação continuada para profissionais da rede pública de saúde, a fim de que possam atender pacientes com diagnóstico de autismo em seus territórios de origem.

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Atualmente o Centro de Referência Estadual para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CRE-TEA), o Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência (Cepred) e o Centro Especializado em Reabilitação das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) funcionam como centros de treinamento e assistenciais. 

De acordo com a diretora da Gestão do Cuidado da SESAB, Liliane Mascarenhas, “pessoas com TEA apresentam necessidades básicas e devem ser acolhidas, de preferência, inicialmente nas Unidades Básicas de Saúde e ambulatórios especializados. Em caso de necessidades específicas, devem ser encaminhados para os CERs”, explica a diretora.

Tipos de Autismo

De acordo com o quadro clínico, o TEA pode ser classificado em:

  • Autismo clássico – O grau de comprometimento pode variar muito. De maneira geral, os indivíduos são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente e conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação.

Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e aprendem apenas o sentido literal das palavras. Não compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante.

  • Autismo de alto desempenho (também chamado de síndrome de Asperger) – Os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes, que chegam a ser confundidos com gênios porque são imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar vida próxima à normal.

  • Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE) – Os indivíduos são considerados dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil.

Classificação Indicativa: Livre

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