Saúde

Uso de celular x espermatozoide: Veja a relação entre os dois

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A ciência aponta que são diversos os efeitos do espermatozoide com a manutenção do celular no bolso  |   Bnews - Divulgação iStock

Publicado em 13/01/2023, às 09h32   Cadastrado por Pedro Moraes


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A relação entre celular e bolso das mais variadas peças de roupas está presente no dia a dia das pessoas e já se tornou de conhecimento público. Contudo, o que ainda não se sabe de forma ampla é a relação entre o celular e o espermatozóide. Mas, de acordo com o jornal espanhol El Tiempo, essa conectividade pode ser amplamente perigosa. 

Especialistas não sugerem a colocação dos aparelhos em bolsos, sobretudo para os homens, visto que o efeito da radiação do telefone celular pode originar consequências brutais em cima da fertilidade masculina, conforme análises científicas. Estudos por meio da realização de testes in vitro, que comparam achados e fazem revisões científicas sobre o assunto, reforçam este apontamento.

Um deles aponta que os dispositivos móveis geram radiação eletromagnética de radiofrequência (RF-EMR), possibilitando, dessa forma, a transmissão de dados para redes sociais, navegação na web e transmissão de áudio. Acima de tudo, ainda segundo a publicação, a RF-EMR corresponde a uma forma de energia eletromagnética que tem presença em raios-X, fornos de micro-ondas e dispositivos de telecomunicações, como por exemplo os telefones celulares. 

Quando englobados esses aparelhos, existem transmissores de radiofrequência de baixa potência, isto é, aqueles não ionizantes, que "funcionam em uma faixa de frequência entre 450 e 2700 MHz, e possuem um pico de potência entre 0, 1 e 2 watts”, segundo informações da Organização Mundial da Saúde.

Por outro lado, os celulares de segunda, terceira e quarta geração (2G, 3G e 4G) utilizam frequências entre 0,7 e 2,7 gigahertz (GHz, bem como os telefones celulares de quinta geração (5G) usam até 80 GHz, conforme o US National Cancer Institute.

Ainda assim, a radiação dos telefones celulares sequer é comparável à dos raios X ou raios gama, porém os riscos também não podem ser ‘esquecidos’. Outro estudo, intitulado de 'A influência da radiação direta dos telefones celulares na qualidade do esperma', divulgado pelo Central European Journal of Urology, apontou que existe uma correlação entre a exposição à radiação dos telefones celulares, o nível de fragmentação do DNA e a diminuição da motilidade, aliado a capacidade de mover-se de forma espontânea e independentemente dos espermatozoides.

O El Tiempo aponta que especialistas escolheram 32 homens saudáveis ​​de 27 a 30 anos, com parâmetros seminais normais. Posteriormente, eles foram orientados a parar o carregamento de celulares no bolso por um prazo de 2 meses antes do exame.

De modo geral, os resultados do estudo indicam que, além de gerar a fragmentação do DNA, os campos eletromagnéticos de radiofrequência tendem a impactar na motilidade e na fragilidade dos espermatozoides.

“A radiação do telefone celular diminui a motilidade do esperma, mas apenas em espermatozóides previamente móveis. A porcentagem de espermatozóides imóveis não aumentou sob a influência de ondas eletromagnéticas”, garante o estudo.

Classificação Indicativa: Livre

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