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Motorista de aplicativo agride jogador negro e motivo revolta internet; entenda o caso

Reprodução/TV Globo
A vítima foi colocada para fora do veículo e foi ajudada por pessoas que passavam pelo local  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 18/11/2022, às 19h45   José Ivan Neto



Um motorista de aplicativo, ao confundir uma garrafa de uísque com uma arma, de acordo com  portal g1, agrediu um passageiro negro durante uma corrida nesta quinta-feira (17), no Rio de Janeiro. A vítima, de 18 anos, estava com o objeto dentro da bolsa e afirma ter sofrido racismo. A agressão foi gravada por uma pessoa que passava pelo local. 

Matheus Fortes Esteves foi identificado como o agressor. O passageiro é o jogador de futebol Carlos Eduardo. O atleta relata que estava no bairro do Andaraí e disse que tudo parecia tranquilo durante a viagem, segundo o portal. 

A vítima informou que o motorista a agrediu quando faltava pouco para terminar a corrida, quando o motorista achou que era um assaltante.

"Eu estava com uma bolsa, que tinha guardado meu uísque, porque eu ia na festa e ia beber com meu primo. Aí, ele simplesmente olhou a bolsa e ligou que fosse uma arma de fogo, achando que eu ia roubar ele". 

Conforme informações do g1, durante a agressão, Matheus Fortes Esteves teria puxado Carlos Eduardo para fora do veículo. O atleta disse ter ficado com vergonha após ter sido agredido. "Eu não queria ter passado por isso, não. Eu nunca imaginei passar por isso na vida. Nunca maltratei ninguém. Sempre tratei todo mundo bem", desabafou. 

Após as agressões, segundo o atleta, ele recebeu apoio de pessoas que estavam no local, que chegaram a abrir a bolsa que ele carregava e confirmaram que não havia arma alguma. 

O corpo de Matheus ficou com marcas da agressão física. De acordo com testemunhas, o suspeito tentou fugir, mas foi impedido pelas testemunhas do crime. 

"O rapaz não estava armado, não estava com nada. Simplesmente, a polícia demorou a chegar um pouco. Quando chegou, tentou amenizar o caso, mas a população ainda ficou revoltada, porque afirmaram que era um racismo. Eu não aceito isso, entendeu? É uma coisa muito triste", contou a vendedora Thainá Nascimento ao portal g1, que testemunhou a confusão.

A vítima e o agressor foram levados para a 20ª DP (Vila Isabel). Na delegacia, o caso foi registrado como lesão corporal. Carlos, porém, reforça que foi vítima de racismo e pede à Justiça que ela “faça sua parte”.

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