“Não foi um passarinho que chega e mata e fica por isso mesmo”, diz irmão de ciclista atropelado por PM em Aracaju

O irmão do ciclista Wilson Lima, morto em acidente no bairro Aruana, no domingo (3), em Aracaju, mostrou a sua indignação com o fato do motorista do veículo, um policial militar, ter se recusado a realizar o teste do bafômetro.

Em entrevista ao Jornal da Fan, Edmilson Lima disse que "foi uma das piores notícias que recebemos, nunca imaginávamos que íamos receber uma notícia tão trágica dessa. É um policial militar e o que nós sabemos é que ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e isso já levanta uma suspeita de que estava embriagado, quem não deve não teme. O mínimo que ele deveria fazer era o teste do bafômetro, agora, é muito simples um policial militar atropelar um ciclista, um trabalhador, pai de família, por uma irresponsabilidade. Se fosse o inverso, já tinham invadido a casa do meu irmão. Não acho que foi um acidente culposo, foi doloso. Ninguém é bobo e não precisa ter bola de cristal para saber que ele estava embriagado”. A declaração foi feita nesta segunda-feira (4).

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“Meu irmão, trabalhava de pedreiro, saía todo dia de casa cedo, a vida dele era trabalhar. Ele morava no Santa Maria e ia todos os dias trabalhar ali na Melício Machado. Estou indo falar com um advogado, não foi um passarinho que chega e mata e fica por isso mesmo. Nem passarinho merece morrer desse jeito. Ninguém sabe o que esse policial fez a noite toda. Ele tirou a vida de um trabalhador”, acrescentou o irmão da vítima.

José Wilson dos Santos Lima tinha 51 anos, dois filhos, morava no bairro Santa Maria e trabalhava como pedreiro na Zona de Expansão de Aracaju. Ele foi sepultado ainda neste domingo (3).

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