Será iniciada nesta terça-feira (6) a greve dos bancários em todos os estados do país. Em contato com o Bocão News, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, detalhou as reivindicações da categoria. "Queremos pressionar os bancos para apresentarem uma proposta digna aos funcionários". Na pauta, a categoria pede melhoria nas condições de trabalho e atendimento à população, investimentos em segurança, contratações e fim das demissões, combate ao assédio e à terceirização, além do reajuste salarial de 14,78%, que equivale a 5% acima da inflação.
De acordo com Vasconcelos, as negociações foram iniciadas desde 11 de agosto, já que a data-base da categoria é 1º de setembro, e negou que tenha relação com o calendário eleitoral. "Não tem nada a ver com as eleições, como já ouvi dizendo por aí. Decidimos paralisar porque já estamos tentando negociar desde agosto, antes mesmo da nossa data-base".
Segundo o presidente, até o momento os representantes dos bancos preferiram se calar diante das reivindicações da categoria e apresentaram uma proposta de reajuste de 6,5% e mais R$ 3 mil de abono, o que é considerado "insuficiente para os trabalhadores". "Os bancos lucraram este ano R$ 29,7 bilhões. Não há crise no setor financeiro e eles podem atender as reivindicações e evitar que essa greve se prolongue", declarou. Até o momento, a paralisação é por tempo indeterminado.
Uma nova assembleia será realizada em Salvador nesta segunda-feira (5), às 18h30, para organizar a paralisação. "Pedimos compreensão da população. Mas, a responsabilidade é dos bancos que se negam a apresentar aos trabalhadores uma proposta justa", enfatizou o presidente.
