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Em nota, Tecon Salvador tenta explicar impasse com estivadores

Imagem Em nota, Tecon Salvador tenta explicar impasse com estivadores
Trabalhadores realizaram novo manifesto em frente ao Tribunal Regional do Trabalho nesta quinta (20)   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/02/2014, às 07h27   Djalma Júnior (Twitter: @djalma88)



O impasse entre estivadores independentes, que prestam serviço no Porto de Salvador e o Terminal de Contêineres (Tecon), operado pelo grupo Wilson Sons, ainda não obteve um acordo entre as partes envolvidas. O Bocão News noticiou, na manhã desta quinta-feira (20), o protesto pacífico realizado pelos trabalhadores em frente à Tecon na avenida da França, bairro do Comércio, em Salvador. As negociações com o Sindicato dos Estivadores continuam e nesta sexta-feira (21), acontecerá a audiência final para decidir sobre a questão da utilização de pessoal próprio nesta atividade.

De acordo com o Setems (Sindicato dos Estivadores e dos Trabalhadores em Estiva de Minério de Salvador), o Tecon tem descumprido o acordo coletivo firmado pelo Ministério Público do Trabalho ao se recusar a empregar os estivadores avulsos.

Em resposta à reinvindicações, o Tecon Salvador deu sua versão, em nota, sobre o manifesto dos estivadores avulsos. De acordo com as informações enviadas, atualmente, a empresa possui 60 trabalhadores em estiva contratados como empregados efetivos no quadro de pessoal do Tecon. Estes, todos devidamente registrados no Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), participaram de oferta de vagas aos estivadores avulsos e posterior seleção.



Segundo os estivadores, o trabalhador portuário avulso tem jornada de trabalho de seis horas, enquanto os estivadores empregados têm jornada de oito horas, além de remuneração menor. Em contra partida, o Tecon afirma que a média salarial destes estivadores é superior à média atual dos estivadores avulsos, além de benefícios que os demais avulsos não possuem. Por isso, a decisão do Tecon em contratar parte de seus estivadores a prazo indeterminado não significa a extinção do mercado de trabalho desta categoria.

A Tecon diz ainda que a migração do modelo de operação avulsa para o de quadro próprio de trabalho ocorreu durante doze meses, durante os quais o Tecon utilizou de forma constante a mão de obra avulsa. A empresa ainda utiliza a comparação de que este mesmo modelo está sendo adotado no Porto de Santos, em São Paulo, que também está migrando para a contratação a prazo indeterminado.

Publicada no dia 20 de fevereiro de 2014, às 18h06

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