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Atrasos e cancelamentos de voos em setembro ultrapassam volume registrado antes da pandemia, revela levantamento

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Dados da AirHelp mostram que atrasos e cancelamentos de voos em setembro explodiram  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Marcelo Camargo // Agência Brasil

Publicado em 01/11/2022, às 11h07   Cadastrada por Rafael Albuquerque


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O mês de setembro registrou volume de cancelamentos e atrasos superiores a 4 horas maior que antes da pandemia. Os passageiros atingidos por esse tipo de problema somaram 149,9 mil no nono mês deste ano contra 140,1 mil no mesmo período de 2019, apontando alta de 7%, segundo levantamento da AirHelp.

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O estudo mostra que 1 em cada 42 passageiros foi afetado por atrasos superiores a 4 horas e cancelamentos. O número é superior ao verificado no mesmo período de 2019, quando 1 em cada 56 passageiros passaram pela mesma situação. Este tipo de ocorrência, quando não provocado por questões meteorológicas ou de força maior, pode originar pedidos de indenização às companhias aéreas.

Os cancelamentos registrados em setembro aumentaram. No nono mês deste ano, 134,7 mil passageiros foram afetados por cancelamentos nos aeroportos do país, representando 1 em cada 47 passageiros. O índice é superior ao verificado no mesmo período de 2019, quando 124,9 mil foram atingidos por esse mesmo tipo de ocorrência, totalizando 1 em cada 66 passageiros.

A proporção de passageiros afetados por atrasos superiores a 4 horas também registrou elevação. Em setembro de 2022 os atingidos por esse tipo de ocorrência somaram 15.163 (1 em cada 421). No mesmo mês de 2019 foram 15.136 (1 em cada 552).

As companhias aéreas brasileiras transportaram 6,3 milhões de passageiros em setembro. O volume ainda é inferior ao verificado ao mesmo mês de 2019, quando 8,3 milhões de passageiros foram transportados nos aeroportos brasileiros.


Compensação de passageiro 


Para reivindicar uma indenização, os passageiros devem estar cientes de certas condições. A primeira é verificar se o atraso ou cancelamento realmente causou sofrimento, estresse ou lesão ao usuário. Acontecimentos como faltar a uma consulta médica importante, cancelamento de contrato, demissão, afastamento de um acontecimento de grande relevância emocional, são situações que podem dar lugar a um pedido de indenização perante a companhia aérea. Se o passageiro já sofreu os chamados "danos morais" e pode prová-los, os passageiros têm boas chances de obter uma indenização financeira de até R$ 10.000 por pessoa. 

O passageiro tem mais chance de obter uma compensação financeira se a companhia aérea for a responsável direta pela interrupção do voo, por problemas técnicos ou falta de tripulação, por exemplo. A interrupção do serviço devido a condições climáticas extremas pode ser usada como justificativa e aceita pelos tribunais, como estando fora do controle da companhia aérea. No entanto, nesta situação, os passageiros continuam a ter direito ao serviço e à informação. 

“O conjunto de direitos dos passageiros aéreos que temos no Brasil é orientado para o cliente e oferece aos passageiros aéreos uma grande consideração, especificando exatamente quais os cuidados que as companhias aéreas devem oferecer e quando em caso de problemas de voo. No entanto, a lei é muito vaga quando se trata de critérios de compensação e pode ser um desafio para um único indivíduo sem conhecimento especializado interpretar a lei corretamente. Entre os principais motivos pelos quais os passageiros brasileiros não reivindicam seus direitos em caso de problemas de voo, podemos encontrar: falta de conhecimento sobre como fazer uma reclamação, mas também falta de consciência dos direitos dos passageiros”, diz Luciano Barreto, diretor-geral da AirHelp no Brasil.

Classificação Indicativa: Livre

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