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Estudo aponta que turismo brasileiro pode fechar 2021 com alta de 16% no faturamento

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Saldo continua 22% inferior ao período pré-pandemia  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Guia Turismo Brasil

Publicado em 03/12/2021, às 17h02   Redação BNews


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Mesmo com as dificuldades em decorrência da pandemia do novo Coronavírus, o turismo brasileiro deve fechar 2021 com um crescimento de 16% e faturamento de R$ 151 bilhões em comparação com 2020. A nova pesquisa do Conselho de Turismo da FecomercioSP revela, porém, que o saldo ainda continua 22% inferior ao período pré-pandemia.

De acordo com o levantamento, o turismo vivenciou dois momentos distintos ao longo do ano de 2021, sendo primeiro a expansão da segunda onda de contaminações de covid-19, no primeiro semestre, e o segundo o movimento de retomada impulsionado pela vacinação.

A partir de abril de 2021 o setor de turismo experimentou o início de uma recuperação. Os segmentos com resultados mais expressivos naquele momento foram de transporte aéreo e hospedagem e alimentação, com altas anuais de 83,9% e 61,9%.

O Conselho de Turismo da FecomercioSP pondera que a base de comparação, o segundo trimestre de 2020, é bastante frágil em razão do contexto de restrições às atividades econômicas vivenciado naquele período, com condições mais amplas.

Ainda segundo os dados, em julho a demanda de passageiros aéreos atingiu 6 milhões. A perspectiva agora é que o o setor aéreo feche o ano com faturamento de R$37,8 bilhões, 36% abaixo do registrado em 2019. A projeção para o último trimestre deve ser 12% inferior a 2019.

Inflação e turismo

A referida pesquisa mostra que a inflação pode limitar o desenvolvimento do turismo em 2022. O dólar alto é visto como impulsionador do turismo doméstico, que passou a ser valorizado durante a pandemia. De acordo com o estudo, que se baseia em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o turismo vem enfrentando uma inflação de 16,75% nos últimos 12 meses. A variação supera a média do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), de 10,67%, e aponta um um avanço real de preços do turismo de 5,49%.

As passagens aéreas são as principais responsável pela elevação dos preços, indentifica o levantamento. Em 12 meses, o preço delas aumentou 50,11%, como resultado da demanda reprimida pela pandemia e do aumento de custos, sobretudo do querosene (QAV), que subiu 90%, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

A alta de combustível e energia elétrica deve prejudicar outras atividades importantes do turismo, como a hotelaria e o transporte, que repassarão os custos aos consumidores. Com a falta de produtos como o chip semicondutor, que atrasa a produção de montadoras pelo mundo, alugar um veículo ficou, em média, 19,94% mais caro em relação a 2020.

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