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"Longe de ser um caso isolado", diz associação sobre abordagem 'invasiva' de ambulante a turista

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Vídeo de turista que viralizou levantou uma discussão sobre as abordagens dos ambulantes  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 01/02/2022, às 13h14   Redação BNews


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O vídeo do turista carioca Kadu Pacheco, que viralizou na internet após relatar a assédio de vendedores ambulantes no Farol da Barra, em Salvador, levantou uma discussão sobre a abordagem dos profissionais às pessoas que visitam a capital baiana.

De acordo com o vice-presidente da Associação de Empreendedores do Centro Histórico, Leonardo Régis, o relato do turista carioca está longe de ser um caso isolado. Segundo ele, situações semelhantes são comuns em diversos pontos turísticos, o que acaba impactando no desenvolvimento econômico da cidade, já que muitos visitantes acabam não retornando devido as abordagens intimidadoras dos vendedores.

“Se qualquer pessoa acessar os meios de avalição do Pelourinho, por exemplo, é possível uma encontrar uma série de relatos de pessoas que criticam muito a abordagem desse pessoal que tenta usar a atividade cultural da cidade como forma de extorquir e ganhar dinheiro. Isso causa um impacto muito grande para o desenvolvimento econômico na cidade porque a pessoa fica muito insatisfeita”, afirma.

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Leonardo Régis enfatizou ainda que a atividade de pintores tribais e distribuidores de fitinhas não é regulamentada pela prefeitura, o que impossibilita fiscalizações por parte do poder público.

“A gente faz o papel integrador com o poder público do que o turista passa para a gente. Nós informamos a prefeitura que essa prática dificulta o desenvolvimento do turismo na cidade. O turista se sente muito incomodado com essa situação e isso não é um fato recente. É algo que acontece há bastante tempo”, explica.

Após o caso de turista carioca viralizar, o vereador e ex-secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Claudio Tinoco (Democratas) defendeu a regulamentação de pintores tribais em Salvador e pediu a ordenação da atividade pela prefeitura.

A situação que Kadu enfrentou não é única. Muitos turistas vêm para Salvador e relatam o infortúnio de serem abordados por pintores tribais e ambulantes que simplesmente fazem o serviço sem nem mesmo perguntar antes se a pessoa quer. Fizemos um Projeto de Indicação na Câmara sugerindo a regulamentação da atividade de pintor tribal para que a situação seja controlada na cidade. O mesmo pode acontecer com as outras atividades relacionadas ao receptivo.

Em um áudio recebido pelo BNews, outro turista relata um episódio que ocorreu com ele e sua família enquanto passeavam no Pelourinho. Na gravação, ele diz que foi abordado por pintores tribais de forma invasiva e agressiva.

“Eles intimidam muito. Naquela situação ali você fica cheio de pessoas ao seu redor e você fica sem ter o que fazer. É uma pena porque o local é muito bonito, agradável e organizado. O único problema são essas pessoas que fazem essas pinturas. Não são artistas, e sim, uma quadrilha que tenta extorquir os turistas”, relata.

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