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Quer viajar de avião e "turistar" entre as conexões? Embratur estuda stopover; entenda

Alberto Ruy / Minfra
Um experiência piloto já é realizada com voos que fazem conexão do Aeroporto de Brasília  |   Bnews - Divulgação Alberto Ruy / Minfra
Davi Lemos

por Davi Lemos

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Publicado em 10/12/2023, às 15h53


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Em vez de ficar horas no aeroporto esperando sua conexão, que tal desembarcar e ficar alguns dias na cidade que seria apenas um ponto de passagem em sua viagem? Esse é o conceito do “stopover”, benefício que as companhias aéreas oferecem aos turistas para que possam alongar em alguns dias a conexão até o seu destino final, sem pagar nada mais por isso. Esse é também um poderoso mecanismo de alongar a estadia de turistas estrangeiros no Brasil, que será praticada pelas companhias aéreas brasileiras que operam voos internacionais, a partir de uma parceria com o Governo Federal. A iniciativa foi anunciada no final de setembro.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participou do lançamento do “Conheça o Brasil: Voando”, programa de iniciativa dos Ministérios do Turismo e de Portos e Aeroportos, em parceria com as companhias aéreas brasileiras Azul, Gol, Latam e Voepass. Com o stopover, é possível ficar na cidade de conexão. Por exemplo, um voo de Portugal pode fazer uma conexão no Brasil e depois seguir para Argentina. Caso o turista tenha disponibilidade, ele poderá optar em ficar e conhecer uma cidade brasileira.

“Queremos estimular que a pessoa que entra por São Paulo, Rio de Janeiro ou Rio Grande do Sul possa conhecer outros lugares. O interesse da gente é que o turismo internacional traga mais recurso, gerando mais empregos e renda”, afirma Marcelo Freixo, em entrevista à CNN.

As negociações com as empresas aéreas acontecem no momento em que a quantidade de voos internacionais ofertados para o Brasil voltou a crescer. Em 2023, foram 64,8 mil voos, segundo levantamento da Embratur. É o mesmo nível de 2019, antes da pandemia de Covid-19 afetar a economia global e praticamente paralisar os setores aéreo e de turismo.

Um projeto-piloto envolvendo o stopover já está acontecendo em Brasília. As empresas Latam e Gol permitem que, pelo mesmo preço, turistas possam ficar mais dias na conexão na capital federal. “Queremos que o turista que vem de fora possa viajar internamente por um preço mais razoável. As companhias ganham, o estado ganha, a economia ganha, todo mundo ganha”, afirmou Freixo.

Para a Embratur, não existe prejuízo para as empresas com o novo sistema. Inclusive, o Brasil pode ser um atrativo para a modalidade. “Por que isso é possível? Porque o Brasil tem muita diversidade” destaca o presidente da Embratur. “Possibilitamos que diferentes destinos sejam visitados pelo mesmo turista”.

“A gente quer que o Brasil conheça o Brasil e a gente quer que o mundo conheça o Brasil. Os números do turismo internacional, neste ano, são muito animadores. De janeiro até agosto, os turistas estrangeiros deixaram no Brasil R$ 22 bilhões. Isso gera emprego e renda para milhares de famílias”, disse Freixo, no lançamento da iniciativa, em setembro.

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