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Saiba como economizar em voos ocultando o destino final e comprando viagens com escala

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Nos EUA, sites mostram como economizar ao desembarcar no aeroporto de conexão  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews

Publicado em 21/08/2023, às 15h41   Cadastrado por Bernardo Rego


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A prática conhecida como "skiplagging", ou "destino omitido" é bastante utilizada por clientes das companhias aéreas com o intuito de pagar valores mais baratos nos voos. Em 30 de junho, os agentes da American Airlines no Aeroporto Regional de Gainesville, na Flórida, cancelaram a passagem de um adolescente da Carolina do Norte depois de perceber que ele tinha usado essa tática, que é proibida pelas empresas do setor aéreo.

O pai, Hunter Parsons, afirmou que era a primeira vez que o filho, de 17 anos, viajava desacompanhado, e que a ocasião e o preço do bilhete o tornaram irresistível — por US$ 150, o jovem voaria de Gainesville a Charlotte, na Carolina do Norte, sem seguir na segunda parte, rumo a Nova York, economizando aproximadamente US$ 300.

Contudo, o rapaz não conseguiu passar do balcão de check-in no ponto inicial, onde os funcionários questionaram por que ele haveria de ir para Nova York quando morava na cidade de conexão, Charlotte. Ele foi obrigado a pagar o valor correto.

No "skiplagging", a pessoa compra passagem de um voo com escala, sendo que ela é seu destino, ou seja, desembarca ali e simplesmente desiste da segunda parte da viagem. Embora não seja ilegal, a prática é terminantemente proibida pelo contrato de transporte das empresas, que punem de forma errática, ainda que severa, quem é pego, chegando a anular as milhas de um passageiro em um caso e até a processar judicialmente outro.

Segundo os especialistas, a prática vem sendo usada há décadas e identificar o uso impróprio das conexões é complicado, transformando a garantia de obediência à regra em um desafio para as empresas. Veja aqui tudo que há para saber a respeito do segredo mais mal guardado da aviação.

Tanto o Skiplagged como o Kiwi facilitam a busca e a compra dessas opções, mas é preciso manter a discrição: não dá para despachar a mala nem usar uma conta com programa de milhagem. Para Mary Cropper, especialista em viagens da Audley Travel, de Boston, a precificação das passagens é uma "tempestade perfeita": além dos aumentos, as taxas adicionais sobre tudo, de bebidas à impressão do cartão de embarque, tornaram o "skiplagging" mais atraente.

“Não aconselho ninguém a fazer, mas entendo o que leva o passageiro a isso. Por que não economizar 50% do valor de uma passagem que já é tão extorsiva?”, questionou.

No geral, as empresas aéreas têm se voltado principalmente contra os facilitadores da prática, movendo algumas ações judiciais contra o Skiplagged e o Kiwi. Há quem diga que o expediente é uma brecha criada pela própria empresa, reflexo de suas prioridades de precificação; por lei, ela pode estabelecer os preços e rotas que quiser.

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