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Turismo brasileiro não deve ser afetado por paridade entre o dólar e euro

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Análise é do vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais (Abav) Alexandre Brandão  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Mabel Amber - Pixabay

Publicado em 13/07/2022, às 19h10   Redação BNews



A paridade entre o dólar e o euro foi regitrada nesta terça-feira (12) pela primeira vez em 20 anos, mas, não deve prejudicar o setor de turismo brasileiro, no que diz respeito à vinda de estrangeiros ao Brasil ou à viagem de brasileiros ao exterior. A análise foi conduzida por Alexandre Brandão, vice-presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais).

O empresário não acha que o fluxo deva mudar, mas mesmo que os europeus deixem de vir ao Brasil por causa da alta dos preços, o número de americanos deve aumentar. A balança, explica, deve se manter equilibrada.

"Quanto mais o euro se desvalorizar, mais caro o Brasil fica para europeus e mais barato para americanos. Como os EUA são um grande emissor de turistas, não creio que haverá problemas para o setor. De qualquer forma, o Brasil continua [apesar da alta na moeda europeia] muito barato para estrangeiros", argumenta.

Em relação ao fluxo de brasileiros que viajam ao exterior, Brandão entende que o alto custo de viagens tanto para a Europa, quanto para os Estados Unidos, deve manter o mercado inalterado.

"Talvez, a médio prazo, a Europa vai ficar um pouco mais barato para brasileiros nos gastos do dia a dia, mas as passagens continuam muito caras. Empresas aéreas estão com problemas no continente e há um caos nesta temporada. Nos EUA, a dificuldade de entrada e acesso aos consulados continua complicando as viagens", detalha.

Paridade entre as moedas

Pela primeira vez desde dezembro de 2002, os investidores puderam negociar um euro a um dólar nos mercados internacionais. A moeda norte-americana valorizou 14% em relação às moedas europeias desde o início de 2022.

O aumento deve-se principalmente ao potencial agravamento da crise energética devido a interrupções no fluxo de gás da Rússia para países europeus. O cenário torna o euro menos seguro para atores do mercado, que apostam no dólar como um "refúgio" para preservar investimentos. Há expectativa de que o câmbio fique ainda mais caro nas próximas semanas.

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