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Turismo de cannabis cresce e já movimenta US$ 17 bilhões nos EUA

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De passeios em fazendas de maconha a hotéis “bud and breakfast”, norte-americanos estão descobrindo o turismo de cannabis  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 29/05/2022, às 16h19   Redação BNews


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À medida que a legalização se dissemina nos Estados Unidos, a maconha também se tornou consideravelmente menos estigmatizada. Mais de dois terços dos adultos americanos (68%) apoiam o uso adulto, de acordo com uma pesquisa da Harris realizada em maio. 

Metade de todos os millennials (50%) dizem que o acesso à cannabis recreativa legal é importante ao escolher um destino de férias, e mais de quatro em dez millennials (43%) dizem que escolheram especificamente um destino porque a cannabis era legalizada lá, o que mostra a influência que esse fator exerce no turismo nos EUA.

Por enquanto, as viagens de cannabis foram amplamente ignoradas pelos conselhos de turismo e pela indústria, deixando milhões de dólares na mesa, diz Victor Pinho, cofundador da Emerald Farm Tours. “Eles são turistas e estão fazendo compras – eles estão aqui para gastar dinheiro na meca da maconha”, diz ele à Forbes Brasil, acrescentando que seu cliente típico gasta de US$ 300 (R$ 1.419) a US$ 400 (R$ 1.892) no dispensário durante uma visita, cerca de três vezes mais do que os locais.

Ainda não está claro qual será o tamanho da nascente indústria do turismo de cannabis, ou qual será seu potencial impacto econômico no setor de turismo dos EUA, que movimenta cerca de US$ 1,2 trilhão (R$ 5,6 trilhões), mas os dados iniciais são promissores. 

Um estudo nacional pré-pandemia de 2020 da empresa de pesquisa de mercado MMGY Travel Intelligence Insights descobriu que quase um em cada cinco (18%) viajantes de lazer norte-americanos está interessado em experiências relacionadas à cannabis nas férias. Esse número cresce para 62% quando a amostra da pesquisa é reduzida a adultos consumidores de cannabis com mais de 21 anos com renda familiar anual superior a US$ 50 mil (R$ 236,5 mil).

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A cannabis legal também impulsiona outros negócios. Dos US$ 25 bilhões (R$ 118 bilhões) em vendas legais de cannabis em 2021, a Forbes estima que até US$ 4,5 bilhões (R$ 21,2 bilhões) foram impulsionados por turistas, que despejam US$ 12,6 bilhões (R$ 59,6 bilhões) adicionais em restaurantes, hotéis, atrações e outras lojas – bem como nos cofres de impostos estaduais e municipais. 

O que saber sobre o turismo de cannabis antes de ir:

Nos estados dos EUA onde a cannabis recreativa é legal, a idade mínima é 21 anos.

Cada estado onde a cannabis é legal tem suas próprias regras, que também podem variar de cidade para cidade. Pesquise as leis locais antes de chegar.

Nunca dirija sob o efeito de cannabis. Planeje com antecedência e use táxis, aplicativos de transporte ou combine com antecedência quem será o motorista da rodada.

Muitos hotéis não permitem fumar em suas instalações, enquanto outros oferecem áreas designadas. Milhares de propriedades no Airbnb e Bud & Breakfast atualmente permitem fumar.

É ilegal cruzar fronteiras estaduais com cannabis.

A cannabis é ilegal sob a  legislação federal dos EUA, o que significa que é ilegal transportá-la em um voo comercial. Embora a TSA não faça inspeções focadas especificamente em maconha, os policiais são obrigados a alertar a polícia local se a descobrirem substâncias durante uma triagem.

Alguns destinos não permitem que pessoas de fora do estado comprem cannabis com uma receita médica, mesmo que eles tenham uma licença válida em seu estado de origem. Verifique as regras de reciprocidade antes de viajar.

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