Política
Publicado em 02/12/2020, às 10h54 Redação BNews
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou que sua atuação no quadro de sócios da empresa de consultoria de gestão que dá suporte à empreiteira baiana Odebrecht, não o afasta da agenda anticorrupção - bandeira que o aproximou do governo Bolsonaro.
Ele foi recém-contratado como sócio-diretor da Alvarez & Marsal que, além da Odebrecht, também dá orientações a outras duas empresas que foram investigadas na Operação Lava Jato, da qual o ex-juiz fez parte e julgou em primeira instância crimes identificados pela força-tarefa.
"As empresas não precisam esperar o Congresso ou o governo para dizer o que precisa ser feito. A minha ida para uma empresa como a Alvarez & Marsal segue a linha do que eu sempre defendi, que é importante nós adotarmos políticas de integridade e anticorrupção. Não há nenhum demérito em relação a se trabalhar por esses objetivos no setor público", disse Moro ao Estadão.
As negociações para a contratação de Moro levaram cerca de cinco semanas e envolveram conversas com equipes no Brasil e no exterior. O anúncio de que Moro faria parte da empresa gerou críticas já foi apontado um suposto conflito de interesse.
Faturamento
A Alvarez, com sede nos Estados Unidos, trabalha para a Odebrecht desde junho do ano passado, após ser nomeada pela Justiça de São Paulo como administradora-judicial no processo de recuperação. Chega a faturar, por mês, cerca de R$ 1 milhão com os honorários.
Ao UOL, a empresa confirmou o faturamento de R$ 17,6 milhões com o processo de recuperação. O montante final ao qual a empresa terá direito por sua atuação, segundo a reportagem, não foi definido pela Justiça.
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