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Comissão de Valores Imobiliários suspende temporariamente oferta pública de cooperativas do MST

As organizações foram ao mercado financeiro na última terça (27) captarem R$ 17,5 milhões para a produção da agricultura familiar  |  Divulgação/MST

Publicado em 04/08/2021, às 09h51   Divulgação/MST   Redação BNews

A Comissão de Valores Imobiliários (CVM) suspendeu por 30 dias a oferta pública de sete cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). As organizações foram ao mercado financeiro na última terça (27) captarem R$ 17,5 milhões para a produção da agricultura familiar.

Segundo a CVM, a decisão foi tomada devido ao fato de o documento da oferta não ter informado que as cooperativas eram ligadas ao movimento social. “De acordo com a área técnica da autarquia, essa é uma característica homogênea dos devedores do lastro dos valores mobiliários a serem emitidos, portanto, deveria constar na documentação, como previsto pela Instrução CVM 400”, diz trecho de um comunicado da CVM.

Se as supostas irregularidades não forem corrigidas em até 30 dias, a comissão poderá cancelar a oferta em definitivo.

No sábado (31), a securitizadora responsável pela emissão, a Gaia Impacto, protocolou um novo prospecto mencionando que as cooperativas se identificam com o MST, que "não é um grupo econômico e não se enquadra tecnicamente em categorias jurídicas, sendo apenas definido como um movimento social".

E reforça que "não se trata de forma alguma de captação de recursos pelo e para o MST, mas, sim pelos devedores (cooperativas) que atuam no importante setor do agronegócio, que é a agricultura familiar".

As cooperativas incluídas no processo, compostas por 13 mil famílias, são a Coana, a Copacon e a Copavi, do Paraná; a Coapar, de São Paulo; a Coopaceres, do Mato Grosso do Sul; a Cooperoeste, de Santa Catarina; e a Cootap, do Rio Grande do Sul.

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