Quantidade de trios na Mudança do Garcia divide opiniões de foliões

A quantidade de trios que foram colocados na tradicional Mudança do Garcia, que acontece todos os anos na segunda-feira de Carnaval, no bairro do Garcia, em Salvador, dividiu opiniões.

De um lado, há quem defenda a modernização da festa, por outro, tem aqueles que preferem como era antes. Para o operador máquinas pesadas, Patrick Sena, de 45 anos, a adição dos trios é algo importante. Ao BNews, ele disse que a mescla das mudanças com as tradições antigas é "uma  mensagem maravilhosa". 

"As mudanças vêm se adequando e ainda com a mesma cultura dos antigos, preservando a mesma cultura, a mesma filosofia para todos aqui curtirem. É uma mensagem muito gostosa, maravilhosa para todos os netos, filhos [...] curtirem essa dinâmica musical, que só aqui na Bahia e no García tem", disse Patrick. 

A cabeleireira Eva Ramos, 52, também é a favor da atualização. Segundo ela todas as mudanças são bem vindas. 

"A gente tem que se adequar à mudança. Mudanças são bem vindas. Antigamente, eram os animais com carroça, alegoria... mas os animais sofriam muito com esse clima, então, agora nós tiramos os animais e botamos percussão, botamos trios, mas em compensação, a festa continua", disse Eva.

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Já a promotora de vendas Naira Araújo, de 44 anos, que mora desde criança no Garcia, não concorda com as mudanças. Ela pontuou que a retirada dos animais no desfile e a quantidade dos trios quebrou um pouco da tradição da festa. 

"Tiraram os cavalos e as carroças, que eram tradição, e hoje não tem mais nada disso", disse Naira. 

"Deveria amenizar a quantidade de trios e colocar os cavalos de volta. Com o pessoal todo fantasiado em cima das carroças. Era a coisa mais linda e hoje em dia não tem mais essa tradição", opinou. 

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