Justiça

STJ suspende processo de aposentadoria voluntária de desembargadora denunciada na Operação Faroeste

Afastada cautelarmente de suas funções por um ano desde dezembro de 2020, Ilona Márcia Reis protocolou pedido de aposentadoria voluntária no último dia 13 de janeiro   |  Reprodução/YouTube

Publicado em 11/02/2021, às 13h55   Reprodução/YouTube   Marcos Maia

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, relator da operação Faroeste na corte, determinou a suspensão do processo de aposentadoria voluntária da desembargadora Ilona Márcia Reis.

Assim, o processo administrativo não avançará até o julgamento final da ação penal em que foi denunciada. A Faroeste apura um esquema de venda de sentenças no Judiciário baiano  referentes a processos relacionados à disputa de terras na região Oeste do Estado. 

A decisão é da última terça-feira (9). Afastada cautelarmente de suas funções pelo prazo inicial de um ano, a partir de dezembro do ano passado, Reis protocolou um pedido de aposentadoria voluntária no último dia 13 de janeiro. 

"A fim de evitar a hipotética situação em que o magistrado – mesmo definitivamente condenado – continue auferindo os proventos previdenciários oriundos do cargo por meio do qual a infração penal fora praticada, o afastamento cautelar também serve para impedir que o magistrado aposente-se voluntariamente, evitando a incidência da perda do cargo em caso de condenação.", concluiu Fernandes. 

O ministro também pondera que o deferimento do pedido de aposentadoria acarretaria na modificação da competência criminal para processar e julgar a ação penal, que terminaria sendo remetida ao 1º grau da Justiça estadual baiana.

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