Justiça
Publicado em 14/04/2024, às 10h20 Reprodução Redes Sociais Dandara Amorim
Uma competição interescolar, em Brasília, foi palco de acusações de racismo sofrido por alunos da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, que foram até o Galois, colégio de elite na capital federal, para uma partida de futsal, realizada no último dia 3. A informação é do jornal O Globo. De acordo com a reportagem, que ouviu relatdos dos alunos, estudantes que assistiam ao jogo usaram termos como "macaco", "filho de empregada" e "pobrinho" para se referir aos jovens adversários. O evento fazia parte da "Liga de Escolas" de Brasília.
A Escola Franciscana publicou uma nota de repúdio denunciando que seus estudantes foram vítimas de "preconceito social" e "injúria racial" e relata que não houve qualquer intervenção por parte dos árbitros da partida ou de responsáveis do Galois diante da situação. Os ataques, segundo o texto, tornaram "o ambiente inóspito" e deixou "alunos abalados".
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"Importantes destacar que os alunos 'agressores' encontravam-se em sua maioria uniformizados, ou seja, estavam sob a guarda e responsabilidade do Colégio Galois, que, neste caso, mostrou-se conivente com a situação humilhante e vexatória vivda pelos alunos da Escola Fátima", prossegue a nota, frisando que a "falta de intervenção eficaz" é "igualmente preocupante".
Ao jornal, o orientador educacional e professor de futsal da Escola Franciscana, Carlos de Souza Maia, disse que o seu time não se retiraria de quadra mesmo diante das ofensas, classificado por ele como "absurdo" e "inaceitável". O educador conta que foi difícil superar a revolta interior para priorizar os estudantes. "A minha demanda é como professor. Por isso, tive que cuidar do sentimento de tristeza dos meus alunos, apesar de também ter ficado muito mal com a situação", disse.
Após o caso ganhar repercussão, o Colégio Galois emitiu um posicionamento. O texto afirma que já foi iniciada uma investigação rigorosa para apurar atos de "extrema seriedade e que precisam de uma intervenção imediata" e ressalta que a escola acredita na educação como um meio de "poderosa de transformação social", sobretudo "entre jovens." Além disso, prestou solidariade aos alunos que sofreram os ataques racistas.
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