Justiça

Preso por suspeita de agredir mulher, João Neto é ex-advogado de Marçal, foi expulso da PM e já executou adolescente

O advogado João Neto já confessou ter histórico de confusões e tem declarações polêmicas nas redes socaiis  |  BNews

Publicado em 15/04/2025, às 09h24   BNews   Tiago Di Araújo

Bastante conhecido nas redes sociais, com mais de 2 milhões de seguidores, o nome do advogado João Neto estampou os noticiários policiais nas últimas horas. Ele foi preso na noite desta segunda-feira (14), em Maceió (AL), acusado de envolvimento em um caso de violência doméstica.

João Neto teria agredido uma mulher dentro de seu apartamento, no bairro da Jatiúca. Moradores do edifício relataram ter ouvido gritos e sons de agressão, acionando a polícia imediatamente. A vítima, conforme a Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), precisou ser encaminhada a um hospital devido aos ferimentos.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a mulher sangrando bastante e o advogado ajudando-a conter o sangramento. A vítima foi socorrida para um hospital da região e o jurista foi detido por equipes da Oplit e do 1º Batalhão da Polícia Militar de Alagoas (1º BPM) após ser visto nas redondezas da unidade de saúde e conduzido até a Central de Flagrantes da capital alagoana.

Quem é João Neto?

Com grande atuação nas redes sociais, onde compartilha vídeos esclarecendo dúvidas de seguidores, João Neto é baiano, mas fez carreira e fama morando em Maceió, capital de Alagoas. Advogado criminalista, ele é pós-graduado e mestre em ciências criminais, além de ex-policial militar, de onde foi expulso quando ainda era soldado.

"Aquilo que fizeram comigo foi um absurdo" [...] "eu tinha um orgulho muito grande pela polícia, eu trabalhava até de graça, não entrei pelo dinheiro", declarou ao se posicionar contra sua retirada da PM, que segundo ele, foi motivada por uma discussão com a esposa do coronel Paulo Cunha. "Fui expulso porque eu discuti com a mulher no trânsito e chamei ela de gostosa. Era mulher do coronel" , explicou em entrevista no PodZé, da BNewsTV. " Eu discuti com ela no trânsito, parei para abastecer, ela me seguiu e eu falei que prenderia ela", completou.

Com histórico de confusões, sendo associadol a 32 mortes, como policial e pessoa física, João Neto revelou, na mesma entrevista, que já executou um adolescente de 16 anos. "Matei mais dois que tocaram fogo em meu estabelecimento", afirmou ao relatar outro episódio contra um adolescente de 16 anos. "Matei um garotão de 16 anos, matei na frente de todo mundo, dei cinco tiros nele. Atirou na cabeça do meu funcionário, por azar dele eii estava no caixa e fui mais rápido".

Com discurso afiado contra a própria OAB, que ele alega ser um órgão racista, o advogado pós-graduado e mestre em ciências criminais conta que também já foi vítima de tentativa de homicídio. "Já tentaram me matar oito vezes. Cliente para não pagar. Hoje mais não porque eu recebo para trabalhar e não trabalho para receber". “Um me devia R$ 8 mil reais. Pra não me pagar, mandou eu ir buscar em outra cidade. Aí eu fui lá buscar. Alguma coisa disse assim ‘saia de dentro do carro’. Eu saí. O telefone toca: ‘E aí, é você que está nesse carro branco?’ Aí [imita sons de disparos de arma de fogo] e correu”, detalhou.

No ano passado, se envolveu em uma confusão com um colega e foi acusado de agredir o advogado com socos durante audiência na OAB. "Se bater no pretinho, pode ser o presidente, vai dar problema para ele ou para mim [...] Hoje tive um incidente que realmente não aprovo. Fui acompanhar minha cliente, que tinha sido vítima de ameaça. Chegando lá, cumprimentei o colega advogado e estava negociando o acordo para minha cliente, que defendo com unhas e dentes. O advogado da outra parte começou a se exaltar, começou a me gritar e afirmando que eu não poderia nem me intrometer", explicou na época.

Nas últimas eleições, em 2024, atuou como advogado do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). Na web, tem gerado conteúdos com opiniões sobre diversos casos, inclusive envolvendo famosos, além de ser presença constante em entrevistas e podcasts.

Classificação Indicativa: Livre


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