Justiça

STF dá 48h para presidente explicar-se sobre servidores da Anvisa

Corte também pede informações sobre prescrição da Anvisa para vacinar crianças  |  Marcelo Casall Jr/Agência Brasil

Publicado em 24/12/2021, às 19h30   Marcelo Casall Jr/Agência Brasil   Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu 48 horas para o presidente Jair Bolsonaro prestar explicações sobre uma suposta intimidação a servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão ocorre após o presidente defender, em transmissão ao vivo na internet, a divulgação dos nomes de funcionários do órgão que aprovaram a vacinação de crianças de 5 a 11 anos com uma dose reduzida da vacina da Pfizer.

Moraes analisa requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que pede a investigação do presidente. Na última quarta-feira (22), o ministro do Supremo tinha ordenado que o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestasse explicações. Dependendo das explicações, o magistrado decidirá se abre investigação ou se rejeita o pedido do senador.

Prescrição médica

Em outra decisão, o ministro Ricardo Lewandowski deu cinco dias para o governo explicar a decisão do Ministério da Saúde em condicionar a vacinação de crianças à emissão de prescrição médica. Lewandowski atendeu à arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), de autoria do partido Rede. A legenda pede que o governo ofereça vacinas a todas as crianças, independentemente da aprovação do médico.

Ontem (23) à noite, o Ministério da Saúde abriu consulta pública para avaliar a vacinação em crianças. Por causa de instabilidades e do grande número de acessos, a consulta foi transferida para a plataforma Gov.br hoje (24) à tarde.

> Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão!

Classificação Indicativa: Livre


Tags stf Anvisa ameaça bolsonaro bnews Alexandre de Moraes nome de servidores vacina em crianças

Leia também


Queiroga diz que vai recomendar vacinação de crianças contra Covid só com prescrição


Patamar de crianças mortas por Covid ainda é baixo para "decisões emergenciais", diz Queiroga


Anvisa pede ao Butantan mais dados sobre uso da CoronaVac em crianças