Eleições / Eleições 2022
Publicado em 28/04/2022, às 11h51 Foto: Divulgação/PSDB Carolina Linhares / Folhapress
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, João Doria, defendeu que haja diálogo com o ex-presidente Lula (PT) em nome da preservação da democracia e da derrota de Jair Bolsonaro (PL).
Doria evitou ainda dizer se as decisões de Sergio Moro (União) em relação ao petista foram corretas ou equivocadas, ressaltando gostar do ex-juiz e ter respeito por ele.
O ex-governador de São Paulo participou de sabatina realizada por Folha e UOL nesta quinta-feira (28). A entrevista foi conduzida pela apresentadora Fabíola Cidral, pelo colunista do UOL Josias de Souza e pela jornalista da Folha Catia Seabra.
"Não há razão para não manter o diálogo com Lula, com o PT, com partidos à esquerda e partidos à direita", disse Doria, salientando que a democracia pressupõe diálogo.
Leia mais
"Tenho posições muito distintas em relação ao PT, mas isso não impede de manter uma relação respeitosa", disse Doria. "Só nos regimes autoritários é que não há diálogo", completou.
Doria, no entanto, rejeitou a ideia de um apoio a Lula já no primeiro turno. Em relação ao segundo turno, o pré-candidato afirmou que o PSDB estará na segunda etapa da disputa.
Questionado sobre a mudança de postura, já que sempre criticou Lula e o PT de forma dura, Doria respondeu que "o Brasil está farto de guerra e conflito".
Doria também afirmou que não daria seu voto a Bolsonaro novamente. Ele disse ainda que tem respeito e nunca cessou o diálogo com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que foi seu padrinho político no PSDB, mas deixou o partido após desentendimento com o ex-governador.
Doria minimizou os problemas da sua pré-candidatura, como a rejeição de eleitores e a dificuldade de composição da terceira via —formada por PSDB, Cidadania, MDB e União Brasil.
Os partidos acertaram o lançamento de uma candidatura única até 18 de maio, mas a União Brasil já admite se retirar das conversas. Na sabatina, Doria afirmou que "a tendência da União Brasil é caminhar sozinha" e que isso será respeitado.
Além de Doria, outras opções de presidenciáveis da terceira via são Simone Tebet (MDB), Luciano Bivar (União) e Ciro Gomes (PDT).
Questionado sobre admitir a opção de ser candidato a vice na chapa da terceira via, Doria respondeu que não exclui nenhuma possibilidade. O tucano disse ainda que isso não era uma crítica a Tebet, que afirmou em sua sabatina que não toparia a cadeira de vice.
Siga o BNews no Google Notícias e receba os principais destaques do dia em primeira mão!
“É inteligente e tem passado. Eu o respeito”, diz Dória sobre Lula
Eduardo Leite desiste da corrida presidencial e deve disputar governo do Rio Grande do Sul