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Empresa de ministra de Bolsonaro recebe R$ 250 mil da campanha de Damares Alves; entenda

Ministério afirma que a ministra não responde pela empresa  |  Reprodução/Twitter @crisrbritto

Publicado em 17/09/2022, às 09h33   Reprodução/Twitter @crisrbritto   Redação BNews

A campanha da ex-ministra dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro, e candidata ao Senado no Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), repassou R$ 250 mil do Fundo Eleitoral para a empresa de advocacia da sua sucessora na pasta, a ministra Cristiane Britto, em virtude de serviços jurídicos prestados para a candidatura. 

Cristiane Britto assumiu o cargo de Damares após ela se desincompatibilizar para a disputa das eleições. Antes, ela era secretária da Mulher no ministério desde 2019.

De acordo com o portal de divulgação de candidaturas e contas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os valores pagos a empresa "Flavio Britto E Cristiane Britto Advocacia E Consultoria Juridica & Advogados Associados S/S",  de propriedade da ministra e seu esposo, o ex-desembargador eleitoral Flávio Britto, foram feitos em duas veses. O primeiro pagamento foi realizado em 25 de agosto, no valor de R$ 125 mil. O segundo, no mesmo valor, em 30 de agosto. 

Segundo o colunista do Metrópoles, Guilherme Amado, o escritório Flávio Britto e Cristiane Britto Advocacia já recebeu R$ 1 milhão de candidatos nesta campanha. Todos são do Republicanos, partido da ex-ministra Damares.

Na lista estão o deputado estadual, Douglas Garcia, que é candidato a deputado federal por São Paulo, que na última terça-feira (13) atacou a jornalista Vera Magalhães durante um debate. Os maiores repasses vêm do próprio partido: R$ 600 mil do diretório paulista e R$ 85 mil do diretório nacional.

À coluna, Damares negou haver conflito de interesse nos pagamentos. “O marido dela [Cristiane Britto] é advogado do Republicanos, um dos melhores de Brasília. Cristiane também era advogada do partido. Não vejo conflito”. O escritório afirmou que “não há qualquer impedimento legal ou conflito ético” na contratação.

Ao BNews, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos afirmou que a ministra Cristiane Britto não responde pela empresa de advocacia da qual seu esposo é sócio. A pasta reitera que ela se desvinculou desde o período em que assumiu no ministério como secretária nacional de Políticas para as Mulheres, conforme exige a lei.

No entanto, na Receita Federal, a ministra consta como Sócio-Administrador da companhia.

 

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