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Lula ou Bolsonaro? Saiba quais eleitores sofrem mais ameaças por política

Pesquisa levantou quais eleitores sofrem mais ameaças por política  |  Foto 1: Paulo M. Macêdo/BNews | Foto 2: Divulgação/Sedur

Publicado em 03/08/2022, às 08h19 - Atualizado às 08h20   Foto 1: Paulo M. Macêdo/BNews | Foto 2: Divulgação/Sedur   Redação BNews, com informações da Folhapress

Uma nova pesquisa do Datafolha levantou dados sobre ameaças políticas e receios tantos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dois líderes nas pesquisas de intenção de voto para a presidência da República.

A pesquisa foi feita com 2.556 pessoas acima de 16 anos em 183 cidades de todo o país nos dias 27 e 28 de julho. Ela foi contratada pela Folha e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-01192/2022.

A margem de erro total é de dois pontos percentuais. É importante ponderar, porém, que ela aumenta quando se considera apenas os que votarão em cada pré-candidato: é de três pontos entre eleitores de Lula, quatro em Bolsonaro e sete em Ciro Gomes (PDT), sempre na pesquisa estimulada.

Os eleitores que pretendem votar em Lula dizem sofrer mais ameaças por suas posições políticas e, em sua maioria, acreditam que Bolsonaro tentará dar um golpe de Estado antes do pleito de outubro.

Os apoiadores do petista têm uma visão mais positiva do STF (Supremo Tribunal Federal), mas seguem a média geral quanto à avaliação do Congresso Nacional. Eles também afirmam ser menos presentes e engajados nas redes sociais do que os bolsonaristas.

ATENÇÃO 🚨🚨🚨🚨

“É esse “MOVIMENTO” que vai restabelecer a “democracia”, é esse movimento que vai dar um GOLPE no Bolsonaro, um GOLPE NA URNA.
Não e um golpe militar.., é um GOLPE na URNA. pic.twitter.com/Jvff9wfGp1

— é TETRAAAAA… (@hfabiofontana) July 29, 2022

 

1. AMEAÇAS POLÍTICAS E GOLPISTAS
A parcela de eleitores de Lula que acha que Bolsonaro tentará dar um golpe de Estado chega a 58%, contra 37% da média geral. Eles também acreditam que os ataques e ameaças do presidente às eleições devem ser levados a sério (61% contra 56%).

Quase 1 em cada 5 petistas diz ter sido ameaçado verbalmente nos últimos meses por suas posições políticas (19%). Entre os apoiadores de Bolsonaro, o índice é de 12%, portanto no limite das margens de erro. Já as ameaças físicas foram relatadas por 9% dos lulistas e 5% dos bolsonaristas.

2. AVALIAÇÃO DO STF E CONGRESSO
Quase um terço dos eleitores de Lula avalia o trabalho dos ministros do STF como bom ou ótimo (31%), parcela que é de apenas 23% entre os eleitores em geral. Já em relação aos parlamentares, a reprovação é parecida nos dois recortes: 37% e 39%, respectivamente.

Os que pretendem votar no petista também ficam próximos da média quando perguntados se lembram em quem votaram para senador (15% lembram) e deputado federal (18%) em 2018 e se acompanham o trabalho desses congressistas até hoje (63% e 64% acompanham).

➡️ Só vou repetir!
¨Barroso Você é Mentirosoooooooooo!¨@jairbolsonaro 😂👇 pic.twitter.com/rAFKDKWDfF

— 🇯🇵🇧🇷-=|΢ë§ōhë¡|=-🇧🇷🇯🇵 (@SoheiBolso) August 2, 2022

 

3. REDES SOCIAIS
As pessoas que pretendem escolher Lula para presidente são menos presentes nas redes sociais (36% delas não têm nenhuma conta e 26% não têm aplicativos de mensagem), quando comparadas aos apoiadores de Bolsonaro (24% e 16%) e de Ciro (22% e 17%).

Elas também se dizem menos engajadas —só 25% seguem os perfis do ex-presidente, contra 38% do atual presidente. É mais comum que elas deixem de publicar ou compartilhar algo sobre política para evitar discussões com amigos ou familiares (44%, contra 35% de Bolsonaro).

4. FOME E AUXÍLIOS SOCIAIS
Lula tem mais adesão entre os que passaram aperto nos últimos meses para comer: 25% deles venderam algum bem ou objeto de valor para comprar alimentos, 71% compraram marcas mais baratas, 37% compraram produtos próximos ao vencimento e 27% compraram sobras de carne ou frango.

Quase metade dos que o apoiam (45%) afirma que a quantidade de comida em casa foi insuficiente recentemente, contra 33% da média geral. Entre seus eleitores, 28% recebem Auxílio Brasil, 65% acham que o novo valor de R$ 600 é insuficiente, e 80% acreditam que os novos benefícios dados por Bolsonaro só buscam votos.

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