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Roberto Jefferson pode ser novamente preso após ofensas a ministra do TSE; entenda

Cacique do PTB, Roberto Jefferson criticou ministra do TSE, Cármen Lúcia após ela votar a favor de punir a Jovem Pan  |  Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 22/10/2022, às 14h38   Valter Campanato/Agência Brasil   Cadastrado por Yuri Abreu

O ex-deputado federal e presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, pode novamente ser preso após ofender a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, que votou favorável pela punição da Jovem Pan em razão de declarações consideradas distorcidas e ofensivas a Lula.

O petebista gravou um vídeo (veja abaixo) em que xinga a ministra do TSE de “bruxa de Blair” e “Carmen Lúcifer”, além de compará-la a uma “prostituta”. Também se refere ao TSE como “latrina”.

Meu pai voltou com toda sua indignação! Depois tem quem diga que ele exagera, que não tem razão… ah não? O que aquela bruxa horrorosa fez foi digno de alguma punição severa! Tipo impeachment! Mas o escr*to do Pachecuzinho querendo ser ministro não vai fazer JAMAIS! pic.twitter.com/Z0C04ZImyw

— Cris Brasil 🇧🇷 (@crisbrasilreal) October 21, 2022

Jefferson é investigado por suposta participação em uma organização criminosa digital montada para atacar a democracia, de acordo com o jornal O Globo.

Em prisão domiciliar, está impedido de usar redes sociais, dar entrevistas e receber visitas — o que tem descumprido reiteradamente.

Em setembro, Alexandre de Moraes disse que, se o ex-deputado continuar desrespeitando tais medidas, voltaria à prisão.

Após a publicação da filmagem, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) protocolou um pedido no STF para revogar o regime domiciliar concedido a Roberto Jefferson.

A entidade alegaa que o petebista desrespeitou as medidas cautelares impostas a ele ao usar as redes sociais e sustentam que o ex-deputado cometeu os crimes de calúnia, injúria e difamação. A associação, assim, pede que seja restabelecida a prisão preventiva do político e que os possíveis delitos sejam apurados.

A ABJD afirma ainda que os ataques a ministros da Corte se tornaram corriqueiros, sendo este episódio pautado pela misoginia e ofensas à dignidade de Cármen.

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Tags TSE roberto jefferson Cármen Lúcia jovem pan eleições 2022

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