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"Você não é bem-vindo se não votar em Bolsonaro", disparam pastores em pregações nos templos evangélicos

Na reta final das eleições, Bolsonaro tem buscado ainda mais apoio entre os evangélicos, onde já leva vantagem  |  Reprodução/TV

Publicado em 24/10/2022, às 18h56 - Atualizado às 19h16   Reprodução/TV   Camila Vieira

A pressão política de pastores das igrejas evangélicas tem afastado os fiéis que não apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL). Muitos deles têm deixado de frequentar os templos e alegam o clima de hostilidade a quem declara oposição ao atual presidente. Eles dizem ter visto o púlpito ser usado para pedir votos ou para condenar opções políticas alinhadas com a esquerda.

Segundo fiéis ouvidos em uma reportagem do UOL, a "senha" na igreja para tentar convencer os eleitores é dizer que, em uma eventual vitória de Lula, os templos poderão ser fechados. Outras declarações sobre aborto também fazem parte da pregação. O fenômeno ganhou impulso após as eleições em 2018, e alcançou ainda mais força agora, na campanha para o segundo turno.

"Eles vão te colocando de lado, te tirando de cargos e funções", compartilha uma evangélica nas redes sociais, que diz haver idolatria a Bolsonaro “como se ele fosse um Deus”. E quem pensa o contrário acaba sendo escanteado. "Você não é bem vindo se não votar em Bolsonaro", finaliza. Na reta final das eleições, Bolsonaro tem buscado ainda mais apoio entre os evangélicos, onde já leva vantagem. O presidente tem visitado igrejas evangélicas às vésperas do segundo turno.

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