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Publicado em 22/10/2022, às 13h23 MFA Ucrânia / Twitter Folhapress
Usinas de abastecimento elétrico em toda a Ucrânia foram atingidas por mísseis russos neste sábado (22), de acordo com a Força Aérea de Kiev. Várias regiões do país relataram queda de energia, e, segundo o assessor do presidente Volodimir Zelenski, mais de um milhão de residências estão sem eletricidade.
Autoridades afirmam que, ao todo, 33 mísseis foram disparados, 18 dos quais abatidos. A Rússia tem realizado ataques contra estruturas de energia desde o dia 10, o que impôs dificuldades a até 40% de todo o sistema e fez com que ao menos metade da geração de energia térmica ficasse comprometida.
Na semana passada, a Ucrânia sofreu as maiores ofensivas russas com mísseis desde o início da guerra, em fevereiro. A ação foi uma resposta à explosão, por meio de um caminhão-bomba, da ponte da Crimeia, que liga a península anexada pela Rússia em 2014 ao território russo.
Para a estatal Ukrenergo, que opera a transmissão elétrica na Ucrânia, os danos da mais recente investida russa são "comparáveis ou podem exceder as consequências dos ataques de 10 e 12 de outubro".
Também neste sábado, autoridades russas em Kherson pediram a saída imediata de civis da região. O comunicado veio após avisos de uma iminente ofensiva ucraniana para retomar o controle da cidade.
O aviso desencoraja a utilização de barcos para atravessar o Dnipro, importante rio para abastecimento de Kherson, e pede que todos departamentos e ministérios da administração russa deixem a região.
"Devido à situação tensa no front, o aumento do perigo de bombardeios e a ameaça de ataques terroristas, todos os civis devem deixar imediatamente a cidade e atravessar para a margem esquerda do rio Dnipro!"
Kherson é a única província que a Rússia manteve desde o início da invasão. A região é uma das quatro que o presidente Vladimir Putin afirma reivindicar "para sempre" como território russo. O líder do Kremlin disse estar preparado para usar armas nucleares para defender o que considera como terras russas.
A anexação declarada foi condenada por Ucrânia, aliados e Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Para o assessor de Zelenski, Mikhailo Podoliak, o objetivo de Moscou com as ofensivas é criar uma nova onda de refugiados na Europa. Já o vice-chefe da administração de Kiev, Petro Panteleev, afirmou que os disparos podem deixar a capital ucraniana sem energia e aquecimento por "vários dias ou semanas".
Moscou reconheceu ter como alvo a infraestrutura de energia, mas negou mirar civis.
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