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Polícia prende ‘combo’ de agentes que induziram vítima de estupro a alterar testemunho contra PM

Afastado das funções, o PM não foi encontrado até o momento e está foragido  |  Divulgação/PM-RE

Publicado em 06/04/2023, às 08h55   Divulgação/PM-RE   Cadastrado por Pedro Moraes

A Polícia CIvil de Recife prendeu, na última terça-feira (4), uma policial civil, um bombeiro e três guardas municipais, que são investigados por suspeita de forçar uma vítima de estupro a alterar o testemunho contra um policial militar suspeito do crime. Eles cometeram extorsão, coação e ameaça.

No geral, cinco suspeitos foram presos, após o esquema ser descoberto pela Operação Inglórios. Nesse sentido, o PM está foragido e permanece sendo procurado pela corporação, após ser afastado das funções por causa das investigações do estupro. 

Além disso, os policiais também apreenderam armas, munição, assim como celulares. Os nomes dos suspeitos não foram publicados pela polícia. Na concepção do delegado Jorge Pinto, durante entrevista coletiva cedida nesta quarta-feira (5), o policial militar era amigo de um dos guardas municipais e tinha relacionamento profissional com os outros envolvidos.

"Eles queriam reverter a condenação do policial militar. Pretendiam conseguir um documento para mudar essa punição. Passaram a perseguir e intimidar a vítima e o marido dela para ir a um cartório apresentar nova declaração e dizer que a mulher tinha mentido no processo que resultou na punição do PM”, enfatizou.

Iniciadas em janeiro deste ano, as investigações capturaram, primeiramente, em flagrante a policial civil e um dos guardas municipais. Eles foram autuados por associação criminosa e concussão, quando o servidor público utiliza o cargo para obter vantagem. Em seguida, a corporação alcançou os outros envolvidos, suspeitos de usarem equipamentos e uniformes das corporações para intimidar a vítima, de acordo com o delegado.

“Todo o esquema só foi possível por causa dele. O PM entregou R$ 20 mil a um irmão da vítima. Era para mostrar a ela a vantagem de mudar a declaração para beneficiá-lo. A vítima estava muito atordoada e foi difícil tomar a declaração dela”, garantiu.

No mais, o inquérito foi enviado para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Em contrapartida, os presos negam envolvimento no caso. Os guardas e o bombeiro presos foram deslocados para o Centro de Observação e Triagem Criminológica Professor Everado Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Já a policial civil está na Colônia Penal Feminina do Recife, na Zona Oeste da capital.

 

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