Polícia

Delegada pede que vítimas compareçam à Deam para denunciar ginecologista suspeito de abuso sexual

As denúncias ajudarão a incrementar o inquérito e fornecer provas suficientes para indiciar o acusado  |  Reprodução/ RecordTV Itapoan

Publicado em 28/01/2022, às 15h12   Reprodução/ RecordTV Itapoan   Redação BNews

Apesar de ao menos sete mulheres terem relatado que foram vítimas de abuso sexual e estupro, que teriam sido cometidos por um ginecologista que atende no Centro Estadual de Oncologia (Cican), somente duas delas prestaram queixa na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Brotas.

A delegada Bianca Torres fez um apelo, nesta sexta-feira (28) no Balanço Geral, para que mais vítimas prestem queixa, pois isso ajudará a incrementar o inquérito e fornecer provas suficientes para indiciar o acusado. Ela contou que a advogada do investigado já procurou a Deam duas vezes e disse que o cliente está à disposição para esclarecer os fatos, mas foi orientada a aguardar as etapas da investigação.

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Bianca explicou que o último ato é interrogar o suspeito. Primeiro, são colhidas todas as provas e as vítimas e testemunhas são ouvidas. “As investigações estão no início. Só duas vítimas nos procuraram. Solicitei ao Cremeb a informação se há outra denúncia contra o médico, entre outras medidas. Oficiei alguns órgãos e estou aguardando o retorno deles. O inquérito policial tem o prazo de 30 dias para ser concluído. Os relatos das vítimas são parecidos, mas não posso entrar em detalhes para preservá-las. Faço um apelo para que nos procurem porque a Deam está de portas abertas”, destacou a delegada.

Ela citou que a Polícia Civil só pode adotar providências quando toma ciência da denúncia. Para isso, é preciso que a vítima procure a delegacia para que o procedimento seja instaurado. "Muitas mulheres têm medo e vergonha de denunciar porque é algo muito íntimo, mas aqui na Deam todas as delegadas são do sexo feminino e temos assistente social. A denúncia é muito importante para que tenhamos ciência e possamos tomar as medidas cabíveis", acrescentou Bianca.

Se for caracterizada violência sexual mediante fraude, o médico pode ser condenado a uma pena que varia de dois a seis anos de prisão.

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Tags Polícia denúncia deam abuso sexual médico delegada ginecologista bnews

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