Maqueila já havia lesado PM e estava vivendo novo romance

Maqueila Santos Bastos, de 32 anos, foi encontrada morta e com o rosto desfigurado na madrugada desta quinta-feira (11) em uma estrada de terra na zona rural da cidade de Canarana, no centro-norte da Bahia. Havia marcas de tiros na cabeça, tórax, braços e pernas e, no local do crime, foram encontrados cartuchos de munição de grosso calibre. Acredita-se que ela foi torturada antes da execução.

Maqueila havia sido presa no início de agosto de 2022 por aplicar golpes financeiros, e, em seguida, posta em liberdade. Ela também chegou a ser indiciada e presa por suspeita de participar da morte do empresário Leandro Troesch, da Paraíso Perdido, mas solta por falta de provas.

Maqueila era uma velha conhecida da polícia por cometer crimes de estelionato, inclusive entre suas vítimas estaria um policial militar de Salvador. De acordo com fontes ligadas a ela, o agente teria prometido vingança. O crime está sendo investigado pela Delegacia Territorial (DT) de Canarana e não há, até o momento, indicativo de autoria e motivação do homicídio.

“Os disparos foram de grosso calibre, o que pode indicar que pode ter sido uma execução cometida por alguém com acesso a armas restritas. O braço estava inchado e as mãos amarradas, ela foi torturada. Vingança”, cravou uma das fontes.

Romance

Ao sair da prisão em 2022, Maqueila teria se apaixonado por uma mulher com residência no interior do estado, conforme relatou conhecidos. Não se sabe, no entanto, se a companheira dela residia na cidade onde o corpo foi encontrado. O fato é que o namoro passou a ser assunto no município e logo a ficha criminal da estelionatária veio à tona.

A sua namorada, preocupada com o passado da companheira, começou a temer perder a guarda da filha. Maqueila havia, recentemente, pedido apoio jurídico para esclarecer se seu histórico poderia prejudicar a mulher que amava.

A Polícia Civil informou, por meio de nota, que a vítima estava há poucos dias no povoado de Capivara, na zona rural de Canarana. Já a Polícia Militar disse, também por meio de nota, que agentes do 7º Batalhão da PM (BPM) foram acionados após receberem informações a respeito da localização de um corpo do sexo feminino, com ferimentos por disparos de arma de fogo.

“Ao chegarem, os militares constataram o fato, sendo que não há dados quanto à autoria e à motivação, que deverão ser apuradas pela polícia judiciária”, diz trecho do comunicado enviado pela corporação.

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