Polícia

Médica que examinou mulher de presidiário é ameaçada de morte pelo PCC

A suspeita é de que a mulher entrou na unidade prisional com objetos ilícitos no corpo  |  Divulgação/SAP

Publicado em 05/09/2023, às 07h51   Divulgação/SAP   Pedro Moraes

Uma médica responsável por examinar a mulher de um preso da Penitenciária 1 de Avaré, em São Paulo, recebeu ameaças do PCC (Primeiro Comando da Capital). Isso porque ela teria abordado uma pessoa suspeita de ter entrado na unidade prisional com objetos ilícitos no corpo. O caso ocorreu no último dia 15 de julho.

Por outro lado, nenhum material ilícito foi encontrado. Dessa forma, presos ligados ao PCC entenderam que a mulher sofreu constrangimento e revista vexatória. A facção criminosa desembolsou cerca de R$ 250 mil para o atentado, de acordo com informações da Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SAP).

O PCC ordenou que braços da médica fossem arrancados, além da morte dela e do assassinato do diretor do hospital e funcionários do sistema prisional paulista. Os alvos inclusive já teriam seus endereços levantados por integrantes da organização criminosa, conforme divulgado pelo portal Uol.

A própria companheira do presidiário, que não teve a identidade revelada, manifestou por escrito à direção da penitenciária a intenção de ser levada ao posto de saúde. Uma médica atendeu e examinou a visitante no plantão. 

Dez dias depois, um grupo de presos do Pavilhão 1-B cobrou explicações da diretoria da unidade sobre esses procedimentos vexatórios, invasivos, ainda que não tenham cometido qualquer ilegalidade. Em seguida, os detentos foram orientados a retornar às celas. 

Ainda conforme a SAP, os presidiários descumpriram a determinação, tentaram subverter a ordem e o GIR (Grupo de Intervenção Rápida), espécie de tropa de choque do sistema prisional, precisou disparar bombas de efeito moral e balas não letais para dispersar os presos.

Cerca de oito presidiários foram atingidos. Por fim, a SAP indicou que foi necessário o uso moderado da força para controlar a situação na penitenciária.

 

 

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