Polícia
Publicado em 09/01/2024, às 18h05 Reprodução/Redes sociais/BNews Cadastrado por Victória Valentina
A mãe de Thiago Henrique Lopes Ferreira, de 24 anos, assassinado a tiros na segunda-feira (8), no bairro de Fazenda Garande II, em Salvador, falou com exclusividade ao BNews sobre a perda do filho. O jovem jogador de futebol foi morto após uma briga com um vizinho. A motivação teria sido uma briga por um cachorro. (Assista à reportagem abaixo)
Conforme informações iniciais, Thiago foi jogar bola com amigos e saiu de casa em uma motocicleta, quando passou pelo cachorro do vizinho, que estava na rua. Não se sabe se o animal latiu para ele ou se o jovem quase atropelou o cachorro.
O dono do animal foi questionar a atitude do jogador, já armado. A vítima teria pedido desculpas, mas foi alvejada com ao menos quatro vezes. Ninguém foi preso até esta terça-feira (9).
De acordo com Tenira Lopes, mãe do jovem, ela escutou tiros antes de saber que o filho estava morto. "Eu tinha ido ali na casa de uma colega e deixei ele. Quando eu voltei, soube que ele tava no campo, aí passou um tempo e chegou um amigo dele chamando a esposa [de Thiago] que estava no quarto. Antes disso ouvi uns barulhos de tiro, mas não imaginei que seria ele, né?", disse.
"Subiu um amigo dele chamando a esposa, aí tomei aquele susto, porque ele não queria falar e eu entrei em desespero. Eu pensei assim: se tivesse sido ele, que poderia ser uma coisa que pudesse levar para o hospital, que estaria pelo menos lá e voltasse para casa. Mas não, quando cheguei lá ele já estava morto", disse.
Tenira reforçou que o filho pediu desculpas ao suspeito antes de morrer, mas não teve o pedido considerado. "Ele já estava armado e atirou à queima roupa no meu filho. Não deu nem tempo de ter um socorro", contou, visivelmente abalada.
A mãe revelou ainda que Thiago era bastante carinhoso, principalmente com ela e com amigos. "Ele tava fazendo de tudo para se tornar jogador de futebol, o sonho dele era me dar uma casa própria, mas infelizmente foi cortado.
Por fim, contou que o vizinho, acusado de matar seu filho, que ainda não foi localizado pela polícia, tem histórico de agressividade contra outras pessoas no bairro. "Eu acredito na justiça. A gente vai correr atrás. Ele já tem outros tipos de deixar as pessoas coagidas, de ficar ameaçando com revólver, com outras coisas... não é a primeira vez, então não pode ficar impune", garantiu.