Política
Publicado em 01/02/2015, às 22h52 Arquivo Bocão News Juliana Nobre e Rodrigo Daniel Silva
Os vereadores de Salvador iniciam seus trabalhos nesta segunda-feira (2). Porém, dos 43 edis, seis tomaram posse na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) no domingo (1º). Os novos deputados estaduais levarão na bagagem a experiência do Legislativo soteropolitano, no entanto, a atuação de cada um foi analisada pela reportagem do Bocão News. Em média, cada vereador que se elegeu deputado apresentou apenas um projeto a cada mês de trabalho.
Vereadores são responsáveis pela elaboração de leis municipais e fiscalização do Poder Executivo. Neste caso, o trabalho do prefeito ACM Neto (DEM) deveria ser vigiado pelo Legislativo. No entanto, com a maioria na Casa, o demista tem a garantia de aprovação da maioria dos projetos encaminhados a Câmara.
Com apenas um projeto de lei apresentado a cada mês, os edis soteropolitanos embolsaram R$ 10,4 mil de salário, mais de R$ 1,2 mil de vale refeição, R$ 2 mil de tíquete combustível e mais de R$ 50 mil em verba de gabinete para contratação de funcionários. Com baixa produtividade, os ex-vereadores precisarão se desdobrar para atender agora às necessidades da população em âmbito estadual.
O peteenista, agora na base do governo Rui Costa, elegeu como mais importante o projeto que proíbe a comercialização de refrigerantes e lanches com alto teor calórico que contenham gordura "trans", nas instituições de ensino públicas e privadas do município de Salvador. Ele cita, também, o que projeto que prevê a colocação de plaquetas em braile no interior de táxis e ônibus, contendo informações necessárias aos possíveis destinos com os respectivos valores, como um dos projetos mais relevantes apresentados.
Prisco destacou duas matérias como as mais relevantes do seu mandato. O projeto de indicação que cerca a área do Complexo Penitenciário da Mata Escura. O projeto já está na Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social. Apesar de não poder debater com associações e seus líderes, Prisco afirmou que levará ao presidente da Casa a importância de aprovar projetos de parlamentares. “A Assembleia é a casa do povo e o povo vai cobrar. Não pode ser homologadora do Executivo. Fomos eleitos para apresentar projetos de deputados e vamos cobrar isso”, assegurou o tucano.
As propostas de criar o hospital municipal em Salvador e o Centro Integrado de Saúde do Homem foram as mais importantes matérias apresentadas pelo seu mandato na Câmara. Segundo ele, as indicações foram aprovadas. “Acho lamentável uma das maiores cidades do país não ter um hospital municipal”, disse.
Na Assembleia Legislativa, o agora deputado David Rios promete prosseguir a luta por uma saúde de qualidade no Estado. “A expectativa é continuar trabalhando pela saúde e pelas pessoas que carecem deste serviço”, frisou. Rios ainda espera dificuldades no início do mandato. “Como todo novato, vou ter muita dificuldade. Principalmente, porque meu partido não sabe se vai ser oposição ou não ao governador (Rui Costa)”, falou David Rios, destacando que “pretende continuar ao lado do prefeito ACM Neto”.
A socialista Fabíola Mansur (PSB) é a penúltima colocada do ranking. Mansur apresentou 55 propostas e teve média de 2,3 matérias por mês. A oftalmologista obteve 22.317 votos para a Alba e se disse preocupada com a possibilidade de não conseguir aprovar seus projetos, já que o Legislativo baiano não costuma colocar para votação matérias de parlamentares.
Mansur defendeu a criação do Centro de Referência LGBT como uma das suas principais conquistas como vereadora.
Moraes defendeu que há necessidade de mudar a opinião da sociedade para entender que o papel do vereador é legislar. “Se não for para fazer leis e aprova-la, vou fazer o que então? A gente precisa ter esse exercício e a sociedade entender que o parlamentar não é assistencialismo”, criticou.