Política
Publicado em 11/08/2015, às 11h02 Gilberto Júnior / Bocão News Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)
O PTN pode ter mais uma baixa nos próximos dias em sua bancada na Câmara de Vereadores de Salvador. Após os legisladores Kiki Bispo e Beca anunciarem que vão deixar o partido para regressar ao grupo do prefeito ACM Neto (DEM), o vereador Carlos Muniz (PTN) demonstra insatisfação com a legenda e diz que pode deixar o partido, caso a direção, presidida pelo deputado João Carlos Bacelar, não “passe a ouvir a opinião dos membros do partido”.
Em entrevista ao Bocão News, Muniz relata que o PTN cresceu ouvindo as bases, mas isso teria mudado. “Eu estou vendo que o partido cresceu, de forma que deixou de fazer isso. A gente quer voltar a ter diálogo. Acontecendo isso, não tenho porque sair do partido”, diz Muniz, o vereador mais votado de Salvador nas eleições de 2012 na capital baiana, que embora tenha desabafado, conta que não quer sair do partido.
A debandada de políticos do PTN se intensificou no início do ano quando o partido se aliou ao governo Rui Costa (PT), onde teve como espaço administrativo a diretoria geral do Departamento de Trânsito do estado (Detran). Hoje, segundo o vereador, a insatisfação começa entre os deputados do partido e se acirra entre os vereadores, que terão pela frente uma eleição para disputar no ano que vem e não estão vendo estabilidade para tal cenário.
O legislador conta que a falta de diálogo no partido se deu assim que entrou para a base do governo estadual. Hoje, o vereador diz que se tiver que sair, seu destino, se a base de Neto ou seguir na oposição, será definido após ouvir os apoiadores do mandato.
Desde o pleito de 2012, quando o PTN tinha seis vereadores, agora só restam dois: Toinho Carolino e Carlos Muniz, que também já dá sinais de estar acenando para o partido.