Política
Publicado em 24/01/2019, às 20h00 Fotos: Fernando Vivas Henrique Brinco
O governador Rui Costa (PT) e o prefeito ACM Neto (DEM) não quiseram dar declarações após uma reunião "secreta" realizada na tarde desta quinta-feira (24), na sede da Governadoria, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O principal tema do encontro, final marcado na semana passada, durante a Lavagem do Bonfim, foi a mobilidade na cidade. A reunião já era esperadadesde novembro de 2018, quando rodoviários de Salvador ameaçaram fazer diversas manifestações contra a retirada de linhas que fazem o mesmo trajeto do metrô de Salvador.
Em novembro de 2018, representantes do governo e prefeitura travaram um embate por meio da imprensa a respeito de quem seria a responsabilidade pela retirada das linhas de ônibus na capital baiana em função da integração do metrô e do futuro VLT do Subúrbio.
Em entrevistas, Mota disse ao BNews que o Governo "abriu um procedimento para ter uma discussão no Ministério Público pedindo a retirada das linhas troncais, que fazem concorrência com o metrô". Dauster, por sua vez, respondeu afirmando que "o Governo do Estado entende que a mobilidade urbana deve funcionar em um sistema de rede, através de serviços complementares, integrados, e não sobrepostos".
ACM Neto também se posicionou na época. "É interessante que quando a Prefeitura suprime alguma linha de ônibus para garantir a integração com o metrô, quem paga o preço somos nós. Nós fizemos tudo de acordo com os estudos que foram realizados garantindo que não houvesse desatenção e nem falta de serviço a população. [...] Não admitirei a retirada de nenhuma linha de ônibus que possa gerar desserviço para a população. Isso está fora de qualquer cogitação. A gente está aberto ao diálogo com o Governo do Estado", declarou ao BNews.
Conforme o Sindicato dos Rodoviários, mais de mil trabalhadores podem perder os postos de trabalho por causa da eventual retirada de 100 linhas que fazem o mesmo trajeto do metrô. O problema deve se agravar com a implantação do VLT do Subúrbio. As medidas impactam fortemente na categoria, penalizada com a implantação dos novos modais.