Política
Publicado em 17/05/2019, às 15h38 Arquivo Henrique Brinco
O líder de governo na Câmara Municipal de Salvador, Paulo Magalhães Júnior (PV), afirma que o grupo de oposição "não pediu" emendas parlamentares para a Prefeitura. O assunto entrou em debate após o líder oposicionista, Sidninho (Podemos), anunciar que vai levar a proposta do orçamento impositivo para emendas ao Colégio de Líderes.
"Acho que eles não pediram nada, que eu saiba. Estou aberto a ouvir as solicitações, porque não tem como a gente adivinhar o que cada vereador de oposição quer. O prefeito ACM Neto e o vice-prefeito estão abertos ao diálogo também. O prefeito tem sido muito solícito aos pleitos dos vereadores", afirma Paulo.
Entenda o caso
As vereadores da oposição em Salvador se articulam para tornar as emendas parlamentares, hoje opcionais e pagas majoritariamente aos edis da base do prefeito ACM Neto (DEM), sejam impositivas. O assunto deverá ser levantado na próxima reunião do Colégio de Líderes, na Câmara Municipal.
"Atualmente os vereadores de Salvador propõem emendas à prefeitura de Salvador, via ofício, requerimentos ou em plenário, porém o volume de emendas acatadas do grupo de oposição é infimamente inferior ao do grupo liderado pelo prefeito ACM Neto, obviamente. Ocorre uma espécie clara de moeda de troca e, como forma, de por um fim nessa questão que prejudica o vereador da oposição, que não pode ajudar suas bases, suas comunidades, que fica refém da vontade do prefeito, que nunca é a seu favor, já levantei a bandeira pela instituição do orçamento impositivo na Casa", destaca o líder da oposição, Sidninho (Podemos). "Já tratei, inclusive, do tema com o presidente Geraldo Júnior e pretendo avançar nesse pleito", continua.
"Ressalto, que temos autonomia para adotar essa medida, inserindo-a, por conta própria na Lei Orgânica do Município, como já ocorre em outras Câmaras no país, como Foz do Iguaçu e Cubatão, o que favorecerá a todos os pares. Com base nisso, defendo que 50% desse percentual seja empregado em ações e serviços de Saúde, exceto despesas com pessoal e encargos, de forma a viabilizar aos nossos mandatos uma maior capacidade de levar soluções para problemas que afligem a vida daqueles que nos elegeu, fortalecendo nossa independência e isonomia e, consequentemente, pondo fim a prática do toma lá dá cá", completa.
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), 1ª vice-líder do bloquinho de oposição, afirma que nenhum pleito da oposição é acatado. "Nós da oposição nunca tivemos tais emendas 'impositivas' aliás o Executivo, desde o primeiro ano de ACM vem orientando o líder do governo a não aceitar nem mesmo as emendas que nós temos competência legal consolidada constitucionalmente de fazer na Peça orçamentária. São todas rejeitadas!", declara.
A versão é ratificada pela líder do PT, vereadora Marta Rodrigues. "Não recebemos nada. Não temos informação da motivação. Nada, nenhuma verba da emenda que deveria nos ser destinada está sendo enviada", alega.