Política
Publicado em 18/08/2021, às 14h39 Divulgação/FPE Redação BNews
Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, avaliou que o atual presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) está “perdido em suas próprias polêmicas” e que será derrotado nas urnas em 2022. A avaliação de Kassab foi feita em almoço promovido pela recém-anunciada Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), presidida por Marco Bertaiolli (PSD-SP), nesta terça-feira (17).
“Se bobear, nem disputa [a reeleição]. Não está montando nenhum palanque regional, não está se preparando. Só sabe fazer polêmica […] É o estilo dele, cuja maior vitima é ele mesmo. O desgaste é resultado da polêmica. Isso assusta”, avaliou o cacique.
Apostando na continuação do desgaste de Bolsonaro, como indicam as pesquisas, Kassab trabalha para filiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado Federal, ao PSD para disputar o pleito em 2022. O ex-prefeito de São Paulo acredita que Pacheco tem o perfil ideal para emplacar como nome da 3ª via e tirar o atual presidente do segundo turno.
“Esse acirramento de ânimos que o Brasil não quer mais se encaixa no perfil do Rodrigo Pacheco, que é alguém que tem chance de chegar a 25% dos votos”, afirmou Kassab.
Lula x Bolsonaro
Em declarações recentes, Kassab sinalizou que o partido não irá caminhar com Bolsonaro em 2022, apesar de ter o deputado federal Fábio Faria (PSD-SP), como ministro das Comunicações no governo. O pessedista tem sinalizado que a legenda trabalhará por uma candidatura própria para o pleito, contudo, o PSD é um dos partidos com o qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca se aproximar para fortalecer sua candidatura.
O presidente nacional da legenda já avaliou que a pressão pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro é um sentimento crescente na população brasileira.
PSD baiano
Na Bahia, a legenda caminha ao lado do grupo petista e faz parte da base do governador Rui Costa (PT). O senador Otto Alencar (PSD-BA), que preside a sigla na Bahia, é especulado para compor uma eventual chapa com o também senador Jaques Wagner (PT-BA), como pré-candidato ao Palácio de Ondina.
Além de Otto, o PSD conta com o também senador baiano Angelo Coronel, entusiasta da candidatura de colega de legenda ao Governo da Bahia. Coronel avalia que é o momento do PT ceder a cabeça de chapa para partidos aliados, como o PP ou PSD.
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