Política
Publicado em 17/11/2022, às 20h27 Tomaz Silva/Agência Brasil Cadastrado por Yuri Abreu
Este 17 de novembro de 2022 marca exatamente os seis anos da deflagração da maior e mais longeva operação de combate à corrupção no estado do Rio de Janeiro: a Lava Jato, que teve a sua estreia com a fase "Calicute".
De lá pra cá, os trabalhos dos agentes levaram à prisão de 300 pessoas. Porém, passado todo esse período, apenas uma delas ainda continua na prisão: o ex-governador do estado, Sérgio Cabral. Contudo, conforme os advogados, ele pode deixar o cárcere em breve, tornando o fim da operação no estado melancólico.
No geral, desde 2016, o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) contam 55 operações, mais de 550 denunciados e um volume de R$ 4,1 bilhões em recursos recuperados por acordos de colaboração premiada e de leniência.
Porém, de acordo com o jornal O Globo, o que é motivo de orgulho para as autoridades responsáveis causa também dor de cabeça: 11 procuradores da República da Lava Jato no Rio respondem a um processo administrativo disciplinar por divulgarem o ajuizamento de denúncia contra os ex-senadores da República, Romero Jucá e Edson Lobão, na página oficial do órgão. E a 7ª Vara Federal Criminal, do juiz Marcelo Bretas, sofre correição extraordinária.
Com o declínio das operações, provocado por uma sucessão de problemas, já há casos de delatores dispostos a anular a colaboração e reivindicar a devolução do dinheiro, embora o que tenham contado praticamente os transformem em réus confessos.
Alguns deles também foram restituídos aos cargos de origem e outros recuperaram os mandatos pelo voto do eleitorado.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Ubiratan Cazetta, disse que um dos problemas da força-tarefa do Rio foi usar o mesmo nome da operação no Paraná, tornando ambas interligadas.
Desde abril de 2021, quando a força-tarefa da Lava Jato-RJ foi transformada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado no MPF-RJ (Gaeco federal), as investigações sobre a organização liderada por Sérgio Cabral praticamente pararam.
Os processos se espalharam entre os procuradores da República e os ex-integrantes do grupo não sabem dizer se alguma sentença contra os acusados já transitou em julgado.
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