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Arquidiocese de SP afirma que processo contra padre Júlio não foi arquivado; entenda

Padre Júlio Lancellotti responde a novo processo canônico após nova denúncia de abuso sexual  |  Reprodução

Publicado em 06/02/2024, às 18h21   Reprodução   Davi Lemos

A Arquidiocese de São Paulo divulgou nota na segunda-feira (5) e diz que, contrariamente ao que foi anteriormente divulgado, não arquivou as denúncias de abuso sexual contra menor supostamente cometido pelo padre Júlio Lancellotti. "Não houve e não há arquivamento dessa atual denúncia e a Arquidiocese segue atenta aos ulteriores elementos sobre os fatos denunciados e a toda investigação séria, fazendo o que lhe compete conforme a norma da Igreja", diz a nota assinada pelo padre Michelino Roberto, vigário episcopal para a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese.

No comunicado, a Arquidiocese afirma que está "investigando o caso na área de sua competência, distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade". O sacerdote também é alvo de um pedido de CPI na Câmara Municipal de São Paulo, apresentado pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil).

O objeto do pedido de CPI na casa é a atuação de ONGs que atuam na Cracolândia, mas o vereador, que era membro do Movimento Brasil Livre (MBL), direcionou a comissão contra o padre. O edil também solicitou perícia que indicaria que as imagens em que um homem aparece se masturbando seria o padre Júlio.

A nota da Arquidiocese prossegue: "A recente divulgação de laudos periciais com resultados contraditórios e a notícia de um suposto novo fato de abuso sexual envolvendo o referido sacerdote requerem uma nova investigação da parte da Arquidiocese para a busca da verdade".

O comunicado da Pastoral de Comunicação da Igreja em São Paulo reforça ainda que "o arquivamento mencionado naquela nota [emitida em 23 de janeiro] referia-se ao procedimento investigativo realizado pela Cúria Metropolitana em 2020".

Naquele ano, a Arquidiocese decidiu arquivar o processo canônico [que é realizado segundo o Código de Direito Canônico, ou seja, a Lei da Igreja], após o Ministério Público de São Paulo, nas esferas cível e criminal, ter afirmado que o homem nas imagens não era o padre Júlio Lancellotti

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