Política
Publicado em 27/03/2024, às 19h15 Reprodução/NYT Henrique Brinco
O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que não havia receio de prisão e que portanto é "ilógico" supor que ele se abrigou na Embaixada da Hungria por dois dias, em fevereiro, em busca de asilo. A declaração consta na resposta encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer o fato de ter dormido no local, em Brasília.
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"Portanto, diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga", afirma a petição. "A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada."
A defesa de Bolsonaro disse ainda que a Polícia Federal já tinha feito prisões, cumprido ordens de busca e apreensão e ainda confiscou o passaporte do ex-presidente, deixando claro que não havia intenção de prendê-lo.
A resposta foi escrita por ordem de Moraes, que cobrou esclarecimentos do ex-presidente, após o jornal americano “The New York Times” divulgar gravações do ex-presidente no local recebendo travesseiros, pizza e até uma cafeteira durante os dois dias em que dormiu lá.