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Governo Lula dispensa nova leva de militares do Planalto; saiba quantos já saíram

Dispensas de militares no governo Lula (PT) constam no Diário Oficial da União desta quarta-feira (25)  |  Ricardo Stuckert/PT

Publicado em 25/01/2023, às 12h12   Ricardo Stuckert/PT   Cadastrado por Yuri Abreu

O governo do presidente Lula (PT) dispensou uma nova leva de militares da atual gestão, nesta quarta-feira (25), a decisão consta em portarias publicadas na edição do Diário Oficial da União (DOU) de hoje.

Ao todo, foram destituídos nove membros da Força Armada que militares que atuam na Vice-Presidência da República, assim como outros dois lotados no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chegando a 11.

De acordo com a Folha de S.Paulo, os militares dispensados da Vice-Presidência da República atuavam no Departamento de Administração e Finanças, na Diretoria de Administração e também na assessoria militar. Também foi exonerado o major Victor Almeida Pontes, que era o chefe da ajudância de ordens da Vice-Presidência.

No GSI, foi exonerado um oficial que era supervisor do departamento de Coordenação de Eventos, Viagens e Cerimonial Militar da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do órgão. O outro atuava no departamento de Gestão.

As novas mudanças acontecem um dia após o governo Lula substituir o secretário-executivo do GSI, que é o número 2 da pasta.

Foi exonerado do cargo o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, que passará à situação de adido do gabinete do comandante do Exército. Em seu lugar, assume a secretaria-executiva do GSI o general Ricardo José Nigri.

O clima de desconfiança com o GSI já vem desde os trabalhos do gabinete de transição. Apesar de ter nomeado um homem de sua confiança, o general Gonçalves Dias, a equipe de Lula decidiu passar a responsabilidade pela segurança do presidente do GSI para a Polícia Federal (PF).

Durante o governo Bolsonaro, o Gabinete de Segurança Institucional tornou-se um órgão com grande proximidade ao mandatário, tendo sido aparelhado por aliados, pelo general Augusto Heleno.

A desconfiança com o GSI e com as Forças Armadas atingiram um ápice após os atos golpistas de 8 de janeiro, quando os apoiadores de Bolsonaro invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). No Planalto, praticamente não houve resistência das forças de segurança.

Apenas na semana passada, 84 militares haviam deixado suas funções no Planalto. Nesta semana, outros cinco já haviam sido dispensados, na última segunda-feira (22).

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