Política

Maia pauta quebra de sigilo de Zambelli e diz que CPI não vai investigar joias de Bolsonaro

Arthur Maia disse que se quiserem discutir suspeita ilegal de venda de presentes oficiais, 'façam outra CPMI'  |  Pedro França/Agência Senado

Publicado em 23/08/2023, às 11h53   Pedro França/Agência Senado   Cadastrado por Bernardo Rego

O presidente da CPI dos Atos Golpistas, Arthur Maia (União-BA), afirmou nesta quarta-feira (23) que a comissão não deve investigar a suspeita de venda ilegal de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O deputado também incluiu na pauta da comissão desta quinta-feira (24) a votação de quebras de sigilo da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Na terça-feira (22), uma discussão entre parlamentares governistas e de oposição sobre o tema levaram ao cancelamento da sessão.

Ao rejeitar a inclusão do caso das joias na CPI, Maia disse que o episódio não tem relação com os atos golpistas de 8 de janeiro, foco de apuração da comissão. "Agora, venda de joias, quebrar o RIF [Relatório de Inteligência Financeira] do presidente Bolsonaro. Será que vocês, alguém aqui, em juízo perfeito, vai imaginar que o presidente Bolsonaro estava lá mandando pix, da conta dele, para patrocinar invasão do Palácio do Planalto ou do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro? Obviamente que não", afirmou.

"A não ser que chegue na CPI alguma vinculação que possa demonstrar de que havia algum tipo de ação nessa natureza, eu não vejo sentido para quebrar o sigilo apenas porque é o ex-presidente da República. Então, se quiserem fazer uma CPI para discutir presentes de ex-presidentes venda de Rolex, negócio de joias, façam outra CPMI", acrescentou.

A possível quebra de sigilo de Zambelli foi motivo de bate-boca entre parlamentares da base e da oposição nesta terça-feira (22). Aliados de Bolsonaro são contra a medida e querem apenas a convocação da deputada.

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