Política

'Petista é igual a flamenguista, tudo burro e ladrão', teria dito policial antes de matar torcedor do Fluminense

Policial bolsonarista é acusado de matar torcedor do Fluminense  |  Foto: Reprodução

Publicado em 12/04/2023, às 08h44 - Atualizado às 08h48   Foto: Reprodução   Vinícius Dias

 

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ) acusa um policial penal de matar um torcedor do Fluminense nos arredores do Maracanã. O crime aconteceu no último dia 1º, após o primeiro jogo da decisão do Campeonato Carioca, e, diferente dos primeiros prognósticos, a suspeita do MP é de que Marcelo de Lima tenha cometido o homicídio triplamente qualificado contra Thiago Leonel por conta de desavenças políticas.

O MPRJ publicou que "em frente à pizzaria 'Os Renatos', localizada na Rua Isidro de Figueiredo, Marcelo teria dito que 'petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão'".

Thiago Leonel Fernandes da Motta discordou das afirmações e foi morto. Bruno Tonini Moura estava próximo e ficou gravemente ferido após serem alvo de cerca de 10 tiros disparados por Marcelo, que é policial penal e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Após uma discussão, o denunciado, com vontade livre e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra as vítimas, causando a morte de Thiago e só não matando a outra pessoa por circunstâncias alheias à sua vontade, uma vez que Bruno recebeu pronto e eficaz atendimento médico", diz o Ministério Público.

Reviravolta: MPRJ concluiu que o bolsonarista Marcelo de Lima matou Thiago da Motta (torcedor do Fluminense) por ele ser petista. Não foi discussão por futebol ou por conta de uma pizza. Thiago é mais uma vítima dessa seita criminosa. pic.twitter.com/9obf8SPwAz

— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) April 12, 2023

 

O policial penal Marcelo de Lima teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Bruno Rodrigues Pinto, da Central de Audiências de Custódia.

O MP ainda afirma que os crimes foram cometidos por "motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas após suas declarações, com emprego de meio que resultou em perigo comum, uma vez que o denunciado atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando em bares locais. Além disso, os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado".

 

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