Política
Publicado em 28/07/2022, às 18h05 Andressa Almeida/PT Bahia Redação BNews
A Secretaria de Combate ao Racismo do PT Bahia realizou um ato de repúdio, em Salvador, contra a perseguição política sofrida pelo vereador de Curitiba, Renato Freitas (PT), e em defesa do mandato do edil. O evento contou com a presença do parlamentar.
A mobilização, nesta quarta-feira (26), ocorreu após a sessão gratuita do documentário "Renato Freitas - Um de nós", do cineasta argentino Carlos Pronzato, na Saladearte, no Corredor da Vitória.
As atividades fizeram parte de uma agenda antirracista em apoio ao parlamentar, na capital baiana, e que termina nesta quinta-feira (28).
“Estar em Salvador foi de extrema importância para mim, não só do ponto de vista político, mas de reconhecimento ancestral e espiritual. Estive em Pernambués, bairro negro, marcado pela resistência, conheci parlamentares negros atuantes, movimentos negros fortes, pujantes e empoderados, que são referência para os jovens negros, o Olodum, os Filhos de Gandhi, diversos sindicatos, especialmente o Sindilimp, tudo isso me fortaleceu e significa muito para continuar a luta”, declarou Freitas.
Processo de cassação
Sobre o processo de cassação por decoro parlamentar, após ele realizar um ato dentro de uma igreja na capital paranaense, o vereador destacou que o Brasil dá uma demonstração de evolução contra o racismo.
“Curitiba se acha fora do Brasil, se acha de fato uma república, e mantem uma postura vergonhosa e racista contra mim porque acreditam que o Brasil não está assistindo ou que não podem ser constrangidos, mas o que está acontecendo é o oposto, o Brasil está vendo, está cobrando de Curitiba um comportamento minimamente civilizado e essa postura é fora do racismo”, disse o edil.
Para o secretário de combate ao racismo do PT baiano, Ademário Costa, a luta contra o processo no qual Renato Freitas está envolvido é um reflexo da posição política e ideológica em favor da presença do povo negro nos espaços do poder.
O dirigente ainda fez um paralelo entre a perseguição sofrida pelo vereador e a que passou o ex-presidente Lula.
"É a demonstração de que determinados setores da sociedade não aceitaram nossa presença nos espaços de poder com a nossa pauta, nossa história, nossos corpos e nossa raça. Mas ainda assim, de forma resiliente, somos resistência”, disse.
Siga o Tiktok do BNews e fique por dentro das novidades.
Caio Castro rebate críticas e se pronuncia sobre polêmica de 'pagar conta'; confira
Marcelo Nilo quebra silêncio sobre polêmica da vice de ACM Neto
MDB busca apoio de "demistas" do UB para emplacar vice em São Paulo